Rodrigo Maia diz que se arrepende de voto em Bolsonaro: ‘Votaria em Haddad’
O ex-presidente da Câmara considerou a eleição de Bolsonaro um “subproduto” da Operação Lava Jato, descrita por ele como um “partido político”.
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse em entrevista ao UOL, na terça-feira (23) que se pudesse voltar atrás não votaria mais em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
O deputado afirmou que decidiu pelo candidato do PSL no segundo turno visando à agenda econômica neoliberal, que foi uma das bandeiras de campanha do atual presidente da República. Mas, que se arrepende e que com Haddad ‘seria um governo democrático’.
“Com certeza [eu votaria em Haddad], não tenho dúvida nenhuma, porque hoje, com todas as divergências econômicas minhas e do PT, eu sei que o governo do Haddad seria um governo democrático”, disse Rodrigo Maia.
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Maia declarou também que a agenda econômica foi abandonada e que atualmente já não há nada que gere convergência entre ele e o governo.
O deputado considerou a eleição de Bolsonaro um “subproduto” da Operação Lava Jato, descrita por ele como um “partido político”.
“A Lava Jato foi o partido político construído que trabalhou para gerar uma criminalização do Supremo, do STJ e do Congresso Nacional, para que pudessem assumir o poder”, afirmou.
Críticas
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu às provocações do presidente Jair Bolsonaro que disse a apoiadores, que o parlamentar e o PT são “coisas muito parecidas”.
Maia respondeu e ressaltou que o bloco liderado por ele em torno da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) se uniu “para condenar o autoritarismo, o fascismo e a incompetência”.
Numa sequência de mensagens no Twitter, Maia pontuou atitudes autoritárias e antidemocráticas do presidente brasileiro, como quando ele esteve em praça pública instigando manifestações pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, em plena pandemia.
“O bloco Democracia e Liberdade se une pra condenar o autoritarismo, o fascismo e a incompetência. São muito naturais as críticas e o incômodo de Bolsonaro à nossa união”, disse.