Privatização

Lira e Pacheco recebem de Bolsonaro MP que autoriza privatização da Eletrobras

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, receberam das mãos do presidente da República, Jair Bolsonaro, o texto da Medida Provisória (MP) que trata da capitalização da Eletrobras. A proposta autoriza a privatização da estatal.

Mais cedo, em entrevista, Lira já havia afirmado que a privatização da empresa será feita com responsabilidade, com previsão de democratização na gestão, participação do capital e cláusula sobre golden share, a ação de ouro, terminologia utilizada no mercado acionário para designar as ações que serão retidas pelo poder público no momento em que se desfaz do controle acionário de sociedades onde detinha participação.

Após a entrega do documento, os presidentes fizeram um rápido pronunciamento. Lira quer dar celeridade à votação da proposta na Câmara. Segundo ele, o texto já poderá entrar na pauta da Casa na próxima semana.
“É o primeiro passo do que podemos chamar de uma agenda Brasil com investimentos, capitalização, e uma pauta que andará com as reformas. Estamos cumprindo nosso papel com unidade, respeito e harmonia, que é o que o Brasil precisa”, disse Lira.

Pacheco também destacou que é “fundamental a independência entre os poderes”. Bolsonaro afirmou que as privatizações propostas pela agenda do governo seguirão a todo vapor. “Queremos enxugar o estado, diminuir o estado para que nossa economia possa dar a resposta que a sociedade precisa”, afirmou.

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Troca na Petrobras 

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta terça-feira (23) a troca de comando na Petrobras e disse que houve acusações infundadas de interferência na companhia. Em evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro também comemorou a recuperação das ações da estatal na Bolsa de Valores brasileira.  Bolsonaro, Bolsonaro diz que troca na Petrobras é natural e prega transparência e previsibilidadeBolsonaro, Bolsonaro diz que troca na Petrobras é natural e prega transparência e previsibilidade

“Eu queria cumprimentar a todos aqueles que não se deixaram levar pelas falácias da mídia. Cumprimentar que a Petrobras já recuperou 10% no dia de hoje. As acusações, como sempre infundadas, duraram poucas horas. É natural, quando se tem um contrato ou se tem um prazo para acabar um mandato, ela seja reconduzido ou outro seja colocado em seu lugar. Saiu um bom gestor e está entrando um outro excelente gestor, no caso Silva e Luna”, afirmou durante cerimônia de apresentação da Agenda Prefeito + Brasil.

Na segunda-feira (22), as ações preferenciais da Petrobras, que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram cerca de 21% na Bolsa, com a repercussão do anúncio de substituição do presidente da empresa. Já na tarde desta terça, as ações se recuperaram, chegando a registrar alta de 9,5% nos papeis preferenciais.

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Na última sexta-feira (19), o presidente anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna par assumir a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo. [].

A Petrobras é uma empresa pública de capital misto, mas seu controle acionário é da União, que tem direito a indicar o principal gestor da companhia. Agora, cabe ao Conselho de Administração da estatal referendar o nome enviado pelo governo. Ainda em seu discurso no Planalto, Bolsonaro defendeu mais previsibilidade da empresa.

“Nós não temos uma briga com a Petrobras. Nós queremos, sim, que cada vez mais ela possa nos dar transparência e também previsibilidade. Não precisamos esconder reajustes ou seja lá o que for que integra o preço dos combustíveis”, afirmou.

Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina.

Para conter o aumento, o governo federal anunciou a isenção de todos os impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha.

Da redação do Portal com informações da Agência Brasil