A Petrobras vai elevar os preços do diesel e da gasolina pela segunda vez em fevereiro, a partir de sexta (19). O litro do diesel vai ficar R$ 0,3305 mais caro e a gasolina vai subir R$ 0,2262 por litro.
Segundo a companhia, os preços médios da gasolina entregue às distribuidoras sobe 10,2%, para R$ 2,48 por litro. No caso do diesel, a alta será de 14,7%, para R$ 2,58 por litro.
Hoje, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras está em R$ 2,25 por litro e o do diesel em R$2,24 por litro. O reajuste anterior foi feito em 9 de fevereiro.
“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras”, disse a empresa, em nota.
Em nota a Petrobras ainda diz em nota que o equilíbrio competitivo é responsável peal redução dos preços.
“Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020.”
Com a inflação nos combustíveis, a Petrobras e o governo federal tem sofrido com a pressão de consumidores, mas também do mercado financeiro, que defende a liberdade de reajuste nos preços dos combustíveis. O governo tenta alterar a tributação dos combustíveis para remover distorções e dar destaque ao peso do imposto estadual, o ICMS, nos preços.
A Petrobras, por sua vez, tem feito uma campanha em que diz que não é responsável pelos preços cobrados na bomba e que os combustíveis no Brasil não são caros na comparação com outros países.
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Gasolina atinge paridade, diz Abicom
Segundo a Abicom, os novos preços da gasolina representam a paridade entre os preços domésticos e os internacionais, que vem subindo forte neste início de 2021 com a valorização do petróleo.
Para o diesel, contudo, a Abicom calcula uma defasagem de R$ 0,10 por litro do combustível.
A associação representa importadores e vem questionando a política de preços da Petrobras, inclusive no CADE.
Segundo a Abicom, a Petrobras está descumprindo os compromissos firmados com o conselho no acordo para abertura do mercado de refino, com a venda de 8 unidades de refino.
A Petrobras nega e afirma que a política de paridade está sendo cumprida.
Brent a US$ 65
Os contratos futuros do Brent são atingiram a máxima de US$ 65,50 até às 10h desta quinta (18), chegando a maior cotação desde setembro de 2019. Nos EUA, o WTI é negociado acima de US$ 61,37.
As commodities vem experimentando um ciclo de recuperação dos preços, refletindo o controle da produção imposto pela OPEP e aliados, incluindo a Rússia, além dos pacotes de estímulos nos países para retomada econômica e o avanço da vacinação contra a covid-19.
Os países produtores do Golfo Pérsico, liderados pela Arábia Saudita, negociam uma elevação das cotas de produção, o que tende a limitar as pressões inflacionárias.
O mercado também precifica a emergência climática nos EUA, que tem provocado temperaturas extremamente baixas, pressionado os sistemas de energia e a demanda por combustível.
Da redação Portal com informações do Epbr
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