A Prefeitura de Manaus exonerou sete médicos investigados pelo Ministério Público por furar fila para receber a vacina contra covid-19.
O decreto com as exonerações da Secretaria Municipal de Saúde foi publicado no Diário Oficial de Manaus. Os cargos eram de gerentes de projetos.
Dois dias após o início da campanha de imunização na cidade, a prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas chegaram a suspender a vacinação dos profissionais de saúde devido a denúncias de aplicação de vacinas em pessoas que não estavam na linha de frente de combate à covid-19, nem eram de grupos prioritários.
A Procuradoria da República no Amazonas cobrou, na Justiça, que a prefeitura fosse obrigada a prestar informações diárias sobre as pessoas vacinas. Na época, o órgão notificou duas jovens médicas recém-contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde a prestarem esclarecimentos por terem recebido a vacina.
Ver mais:
>> MP pede prisão preventiva do prefeito de Manaus e aponta desvio de vacinas
>> Vídeo: População de Manaus promove foguetório em protesto contra o governador Wilson Lima
>> Ministério da Saúde estima remoção de cerca de 1,5 mil pacientes de Manaus
Alerta
A equipe de pesquisadores que previu, em artigo publicado em agosto na Nature, o segundo colapso na saúde em Manaus por causa da covid-19, aponta agora para uma possível terceira onda do coronavírus na região.
Segundo os cientistas, o Estado do Amazonas corre o risco de espalhar a crise sanitária para todo o território nacional caso autoridades não imponham lockdown com pelo menos 90% da população isolada e vacinação em massa mais acelerada do que no resto do País.
“Sem o isolamento social adequado, Manaus deve enfrentar uma terceira onda ainda em 2021. É necessária uma fiscalização forte da polícia para garantir o fechamento de Manaus. Além disso, é impensável a volta às aulas presenciais para qualquer local do Brasil neste momento, justamente para impedirmos o espalhamento da variante que surgiu no Amazonas”.
Da redação do Portal com informações da Agência Brasil