Declaração

Keko do Armazém recebe "herança amarga" de Lula Cabral na área da cultura

O prefeito de Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém (PL), divulgou uma nota a imprensa na quinta-feira, 11 de fevereiro, criticando seu antecessor, Lula Cabral (PSB), afirmando que “recebeu uma herança amarga do antigo gestor do município”.

O documento fala sobre o descaso em relação ao descaso da cultura na cidade. Nela é falado da extinção da Secretaria Executiva de Cultura, “promovendo uma verdadeira desvalorização dos artistas e equipamentos culturais do município”.

Keko também é menciona o incêndio no Teatro Barreto Júnior, local que revelou vários artistas, e que agora está abandonado, “um verdadeiro amontoado de lixo e resquícios cinzas.”

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Confira a nota na íntegra: 

A terra onde Vicente Yáñez Pinzón descobriu o Brasil, segundo muitos historiadores, foi o berço de grandes artistas como o coquista Mestre Dié, o ator José do Rego Barreto Júnior, o músico Manoelzinho Araújo, ator Francisco Alves e a poetiza Celina de Holanda. Mas os tempos áureos do Cabo de Santo Agostinho deram espaço, nos últimos anos, para o descaso com a cultura regional.

O novo prefeito Keko do Armazém recebeu uma herança amarga do antigo gestor do município, Lula Cabral, que durante o seu último mandato extinguiu a Secretaria Executiva de Cultura, promovendo uma verdadeira desvalorização dos artistas e equipamentos culturais do município. Um retrato disto é a situação atual de dois locais icônicos do Cabo de Santo Agostinho: O Centro Cultural Mestre Dié e o Teatro Barreto Júnior.

O Teatro Barreto Júnior, que já revelou diversos atores e atrizes, palco de grandes artistas como Zé Geraldo e grupos como o Teatro de Amadores de Pernambuco, hoje encontra-se abandonado e cinza. A casa de espetáculos sofreu um incêndio em maio de 2017, início da gestão de Lula Cabral, e desde então as ruínas só aumentaram, um verdadeiro amontoado de lixo e resquícios cinzas.

No Centro Cultural Mestre Dié não houve incêndio, mas o sentimento de descaso é o mesmo. O local, que já ofereceu anos atrás refúgio para a população, exalando cultura, educação e conhecimento, hoje está desmoronando.

A fachada corre risco de cair e portão não existe. Ao entrar, a situação é ainda pior. Diversas salas com o teto caindo, fios expostos e infiltrações. Um verdadeiro vazio e silêncio, num local que um dia foi conhecido pelo batuque e formação de pessoas.

Diferente desses, o Teatro Francisco Alves nem chegou a funcionar. Ele faz parte do projeto arquitetônico da Praça 9 de Julho, mas é um elefante branco.

A construção está há mais de 8 anos atrasada e já foram gastos R$ 12 milhões a mais em relação ao projeto original. Porém, nunca saiu do papel. A esperança agora é que o novo gestor cumpra as suas promessas de resgatar o cenário cultural do município e valorize a história do povo cabense.

Da redação do Portal com informações da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho