Confusão

Flávio Dino: “Bolsonaro confunde Polícia Federal com milícia e milicianos”

“Bolsonaro inventou uma conta sobre dinheiro destinado ao governo do Maranhão. Mistura estado, municípios e auxílio emergencial para criar factoide”, disse o governador. Flávio Dino destacou também que “Bolsonaro confunde a Polícia Federal com uma milícia e milicianos” e que não tem medo “nem de polícia nem de milícia”.

As colocações do governador são uma resposta a mais um ataque de Bolsonaro. Segundo a Fórum, Bolsonaro declarou:

“Nós fizemos… Foi quase R$ 1 bilhão… Ou melhor R$ 300 milhões, especificamente, para leitos de UTI no estado do Maranhão. Cadê os leitos de UTI? Sumiu tudo? O secretário disse que não estamos ajudando. Pra onde foi essa grana? Acho que vou perguntar para a Polícia Federal”.

No mesmo dia, Bolsonaro esteve no Maranhão e disse que o estado teria recebido R$ 190 milhões para custear leitos de UTI em 2020. No dia 8, o Governo do Maranhão, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que o Governo Federal reative os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento dos casos graves de Covid-19.

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Bolsonaro sobre auxílio 

O presidente Jair Bolsonaro disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada na sexta-feira (12), que a retomada do auxílio emergencial está sendo estudada pelo governo e que a população cobrem de seus governadores a concessão do benefício.

“Está sendo estudado, né? Eu pergunto para você: qual país da América do Sul adotou o auxílio emergencial? Nós botamos por cinco meses de R$ 600 e por quatro de R$ 300. E quando termina, dão porrada em mim”, disse.

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“Cobra de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com o seu emprego. Cobra dos governadores. Os governadores podem dar auxílio para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo federal está se endividando”, disse.

O presidente disse na quinta-feira (11) que o benefício poderá retornar em março e durar entre três e quatro meses. Ele vem dizendo que o benefício é “emergencial” e representa um “endividamento enorme” para o país.

“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Pode não ser, né? A partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, declarou.

Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes, que atingiu um montante superior a R$ 300 bilhões em pagamentos.

“Quem vai pagar essa conta são vocês. A gente tem dificuldade, sei que tem. Lamento? Lamento. Tenho pena? Tenho pena. Mas se nó nos desajustarmos fiscalmente, vem a inflação galopante aí”, pontuou.