Papa Francisco pede “libertação imediata” dos presos políticos em Myanmar
Milhares de pessoas têm participado de manifestações contra o golpe militar de 1º de fevereiro, contra a junta militar liderada pelo general Min Aung Hlaing.
O Papa Francisco fez um apelo durante a oração do Angelus no domingo (7) para que os militares de Myanmar libertem os prisioneiros políticos e que seja retomado o caminho para a democracia “bruscamente interrompido” com o golpe militar de 1 de fevereiro.
“O golpe de Estado (…) levou à prisão de vários responsáveis políticos que eu espero que sejam rapidamente libertados como um sinal de um diálogo sincero para o bem do país”, declarou o Papa.
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Francisco já tinha expressado a sua “viva preocupação” com o que está a acontecer na antiga Birmânia, um país que afirma carregar no coração desde a última visita apostólica, em 2017.
“Neste momento delicado quero manifestar a minha proximidade espiritual, a minha oração e solidariedade ao povo birmanês e espero que tenham responsabilidades e trabalhem com sincera disponibilidade ao serviço do bem comum, propondo justiça social e estabilidade para uma democracia harmoniosa de coexistência”.
Francisco visitou Myanmar em novembro de 2017 e encontrou-se com Suu Kyi. Na sua viagem, que também incluiu o Bangladesh, o Papa expressou a sua proximidade com a minoria muçulmana rohingya.
Golpe militar no Myanmar
Milhares de pessoas têm vindo a manifestar-se contra o golpe militar de 1º de fevereiro, contra a junta militar liderada pelo general Min Aung Hlaing, que depôs o Governo democrático de Aung San Suu Kyi, que está detida, bem como pela libertação de outros dirigentes.
A polícia usou canhões de água contra os manifestantes na capital, Naypyidaw, enquanto milhares de pessoas desceram às ruas em cidades como Rangum.