Oposição

Luciana Santos diz que CCJ não pode ser entregue a uma negacionista que espalha Fakenews

A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, se manifestou, na noite desta quarta-feira (3), em suas redes sociais, sobre a gravidade do atual cenário nacional, a falta de priorização do governo Bolsonaro ao que é realmente urgente e necessário e o que se desenha a partir da eleição da nova Mesa Diretora do Congresso Nacional. Ela reafirmou a importância de haver “unidade e amplitude no Parlamento e nas ruas”, para enfrentar os ataques à democracia.

“Nada de auxílio emergencial ou plano de vacinação. As prioridades de Bolsonaro para o Congresso vão de liberação de porte de armas e privatizações, até mineração em terras indígenas e retirada de direitos. Essa é pauta que o presidente imporá ao Legislativo”, disse Luciana.

A dirigente lamentou, ainda, a incompreensão sobre importância da frente ampla para do enfrentamento das pautas alinhadas com o Palácio do Planalto, que apontam para mais retrocessos, autoritarismo, obscurantismo e retirada de direitos, afetando ainda mais o país já combalido. 

“É inaceitável termos um Legislativo à mercê da interferência do Executivo, com a CCJ entregue a uma negacionista, que espalha fake news e prega fechamento do Congresso”, destacou Luciana em relação à indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para a presidência de uma das mais importantes comissões da Câmara, a de Constituição e Justiça. A deputada bolsonarista é  investigada pelo STF no inquérito que apura atos antidemocráticos, inclusive contra o próprio Legislativo que ela compõe.

“É um golpe na democracia, que só enfrentaremos com unidade e amplitude no Parlamento e nas ruas”, concluiu Luciana.

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Bloco de Oposição na Câmara

A candidatura apoiada por Bolsonaro venceu a eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. “Mas a oposição sai fortalecida desse processo, mais unida para enfrentar os desafios que se apresentam diante da crise profunda que atravessamos”. Esta foi a avaliação feita pela presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, em postagens no Twitter.

Mesmo tendo perdido essa disputa, a oposição se ampliou a partir da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) que concorreu pela Frente Câmara Livre, composta por uma dezena de legendas (MDB, PSDB, Solidariedade, Cidadania, Rede, PV, PSB, PT, PDT, PCdoB). Uma aliança possível pelo desejo comum de preservar a democracia e defender direitos sociais.

Luciana reafirmou que o resultado da disputa é reflexo da interferência do Poder Executivo, com liberação de emendas e outras negociações entre os deputados para garantir seu voto, num “toma lá, dá cá”. A estratégia de guerra de Bolsonaro foi resultado da percepção do avanço do impeachment na sociedade. “Isto abala a independência entre os poderes e fragiliza a democracia”, criticou Luciana Santos.

O balcão de barganha por votos de Bolsonaro envolveu bilhões de reais do orçamento federal em forma de emendas, cargos no governo e promessa até de criação de novos ministérios, que o presidente sempre criticou. Agora, resta a Bolsonaro pagar o alto resgate do sequestro, que vai tornar os próximos meses do governo uma pequeno inferno comandado pelo mercenarismo do Centrão.

Mas a dirigente comunista destacou um efeito inesperado desta eleição ao contribuir para a formação de um bloco amplo de oposição ao governo Bolsonaro, reunindo parlamentares de direita, centro-direita, centro-esquerda e esquerda. “Um exercício vital para o enfrentamento a este governo e suas políticas de desmonte do país”, considera Luciana.

Ela celebrou a unidade de seu partido e bancada na construção da oposição do governo Bolsonaro. Esta foi uma disputa que mostrou quem está do lado do povo brasileiro, a exemplo de setores do DEM e do PSDB, que se diziam de oposição, mas acabaram por mostrar sua cara neofascista.

“O PCdoB tem lado. O lado do povo e do Brasil. Na noite de hoje fizemos o bom combate. A atuação da nossa bancada foi irrepreensível. Reafirmamos o compromisso de trabalhar cotidianamente para a construção de uma ampla frente política e social em oposição ao governo Bolsonaro”.

Para a dirigente, agora, depois do esforço para a derrota da Bolsonaro, resta prosseguir na luta. “A bancada do PCdoB continuará na linha de frente da trincheira da luta pela defesa da vida, da democracia e dos direitos no nosso povo”.

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Fonte: PCdoB