Nesta sexta-feira (29), em entrevista ao Jornal Brasil Atual, o petista Fernando Haddad disse que “quem sustenta hoje o Bolsonaro é o PSDB, do Doria, e o MDB, do Temer”. O ex-candidato a presidente da República nas eleições de 2018, também afirmou que o impeachment do atual presidente não pode ser uma questão de conveniência.
Na conversa com os jornalistas do veículo de comunicação, para o petista se os partidos que ele citou adotassem uma posição firme contra o atual Governo Federal poderiam mudar o curso da história.
Hadddad também realizou críticas sobre o papel da imprensa tradicional.
“A grande imprensa pede timidamente o impeachment do Bolsonaro nos seus editoriais. Mas não cobram o PSDB e o MDB. Não cobram o Doria e o Temer. Ninguém está falando a verdade para as pessoas. Isso é um jogo de cena. Interessa a eles desgastar Bolsonaro como figura pública, enquanto mantêm o apoio à agenda econômica do Guedes.”, afirmou.
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Declaração
O governo de Jair Bolsonaro não tem qualquer compromisso com a melhoria da educação brasileira e promove uma política de destruição do futuro das crianças do país. A avaliação é do economista e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que defendeu a manutenção do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e criticou o Palácio do Planalto por desprezar o investimento educacional.
“Os militares estão pedindo no Orçamento da Defesa R$ 50 bilhões a mais. Isso é três vezes o que a União complementa para o Fundeb. Qual a prioridade desse governo? Não sabemos se esta faltando ou sobrando. Parece que sobra para muita gente e falta para o povo”, advertiu, durante debate realizado pela Globonews, no domingo, 19 de julho.
Ex-candidato à Presidência pelo PT em 2018, Haddad diz que o papel do governo deveria ser suprapartidário, porque o Fundeb “não envolve governo, envolve geração”. Ele lamenta que falta faltando seriedade ao governo. O Fundeb foi criado em 2006, durante o governo Lula, quando Haddad estava à frente do MEC, e redistribui ao estados e municípios um montante de R$ 165 bilhões por ano. O fundo e vence em dezembro 2020.
No programa Globonews Debate, Haddad alertou que a proposta do governo para adiar o Fundeb para 2022 vai levar os municípios brasileiros a uma grave crise financeira. “Se [o Fundeb] não tiver vigência em 2021, tem prefeitura que vai fechar, porque não terá recursos”, adverte o ex-ministro. “Teremos crise em 1 mil municípios. Não adianta retomar em 2022, o estrago terá feito. São municípios pobres que precisam de ajuda, e dependem do governo. Isso vai gerar um caos na educação”.
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