Declaração

Ex-ministro do governo critica atuação de Jair Bolsonaro na pandemia

O ex-ministro da Secretaria de Governo e general da reserva, Carlos Alberto dos Santos Cruz, em entrevista para o Congresso em foco na terça-feira, 19 de janeiro, criticou o Presidente Jair Bolsonaro por sua atuação na pandemia.

“Não tem coerência nenhuma, dá para desconfiar até da sanidade mental. Não é possível você falar uma coisa e fazer outra. Falar que não ia comprar, agora comprou o lote inteiro porque é a única vacina que nós temos. É um show de incoerência, de falta de condições mínimas para gerenciar uma crise”, disse Santos Cruz

O ex-ministro ainda criticou a frase “quem decide se o povo vai viver na democracia são as Forças Armadas”, dita por Bolsonaro em conversa com apoiadores na segunda-feira, 18 de janeiro.

“Isso aí é um devaneio completo. Falta de responsabilidade total, não tem cabimento querer envolver Forças Armadas em aventura política pessoal. Isso não é estratégia nenhuma, idiotice não é estratégia. Você não pode classificar como estratégia um negócio sem pé nem cabeça”, declarou o ex-ministro.

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Fala sobre democracia

Conversando com apoiadores na segunda-feira, 18 de janeiro, o Presdente Jair Bolsonaro afrimou que “quem decide se o povo vai viver na democracia são as Forças Armadas”.

“Quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam. O Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor desses homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar”, afirmou Bolsonaro a apoiadores.

 A declaração foi criticada por diversos líderes políticos, como o líder do PMDB Rodrigo de Castro (MG), que disse:

“O papel das Forças Armadas está definido na Constituição, a qual todos devem obediência. A história nos mostra que toda vez que as Forças Armadas extrapolaram a sua missão, a experiência foi extremamente negativa”

O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), também repudiou a fala do Presidente  e  declarou:

Agora, diante do desastre de sua gestão no que se refere à vacina e ao Amazonas, ele volta a ameaçar com ditadura. Todos sabemos o papel das Forças Armadas: zelar pela defesa da pátria e dos poderes constitucionais, dentro do que estabelece a Constituição. Jamais fora dela