Desligada

Jornalista de Rede Record é afastada após criticar o governo Bolsonaro

Depois de 15 anos atuando na Rede Record, a jornalista Adriana Araújo deixará a empresa. Segundo informações, o motivo seria as críticas feitas pela comunicadora ao governo do presidente Jair Bolsonaro, em junho de 2020.

Segundo informações do Jornal da Cidade Online, Adriana usou as redes sociais para divulgar o número de mortos naquele dia, por conta da pandemia da Covid-19. Adriana também criticou o governo por não fornecer os dados da pandemia mais cedo. A jornalista, na época, disse que o que estava acontecendo era uma falta de transparência no combate ao vírus.

“Estou passando aqui fora de hora porque, pelo segundo dia seguido, os dados da pandemia do coronavírus não saíram a tempo do jornal. Como esse é um dado relevante demais. É uma quatão de saúde pública saber o que está acontecendo no Brasil”, criticou Adriana.

Logo após a publicação, a emissora que é comandanda pelo pastor Edir Macedo, decidiu afastar a jornalista da bancada do Jornal da Record. Desde o início da pandemia no Brasil, a Rede Record vem adotando um posicionamento mais neutro, diferente de outros coglomerados de comunicação, que realizam críticas ao atual governo federal.

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Declaração

O ministro demitido do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, escreveu em um grupo de aplicativo de mensagens que Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, pediu a demissão dele ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A mensagem foi enviada para um grupo formado por ministros do Governo Federal.

Segundo informações do G1, na mensagem, Álvaro Antônio diz que Ramos pediu a Bolsonaro para demiti-lo a fim de entregar o cargo para o Centrão, o bloco parlamentar de apoio ao governo na Câmara. Ramos é o responsável pela articulação política do governo com o Congresso.

“Não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados”, escreveu Álvaro Antônio.