Eleição

Deputado do Partido NOVO lança candidatura à presidência da Câmara

O deputado Marcel van Hattem (Partido Novo-RS) lançou, nesta quinta-feira (14), sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. A eleição para definir o comando da Casa no biênio 2021/2022 ocorrerá no começo de fevereiro. Na ocasião, também serão escolhidos os demais ocupantes da Mesa Diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e os respectivos suplentes.

Além das reformas econômicas, van Hattem (Partido Novo) afirmou que entre suas principais pautas estão o projeto que autoriza a prisão após decisão de segunda instância e o texto que acaba com o foro privilegiado.

“Temos a convicção que o Brasil merece mais. É por isso que nós estamos decididos a enfrentar esse grande, enorme, honroso desafio de uma candidatura à presidência numa eleição onde o que mais conta é a convicção de cada um dos parlamentares”, disse o deputado.

De acordo com van Hattem, sua candidatura representa uma terceira via na disputa pelo comando da Casa. Para ele, há espaço entre as bancadas para ganhar votos entre os parlamentares. Ele ressaltou que o partido está empenhado em construir pontes e melhorar a reputação da Câmara junto à sociedade. “Viemos para mudar a política e não para sermos mudarmos por ela”, defendeu.

O líder do Novo, deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), afirmou que o partido elaborou um manifesto com cinco pontos: a reforma do regimento interno da Câmara; uma reforma administrativa da Casa; as reformas econômicas chamadas de estruturantes (como a tributária e administrativa); a organização dos trabalhos na Câmara; e a independência do Parlamento. Ganime destacou que houve boa receptividade entre os deputados em relação ao documento e disse esperar conseguir mais apoios até a data da eleição.

Perfil
Marcel van Hattem está em seu primeiro mandato como deputado federal. Já foi vereador e deputado estadual. Van Hattem integrou a comissão de Fiscalização Financeira e Controle e a CPI que investigou práticas ilícitas no BNDES. Em 2019, foi candidato à presidência da Câmara.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Voto Secreto na eleição da Câmara 

A eleição para presidente da Câmara dos Deputados está marcada para o dia 1º de fevereiro de 2021 e a votação para a escolha do líder da casa deve ser de forma secreta, como manda o regimento. De acordo com um levantamento feito pelo site O Antagonista, deputados federais apoiam a medida pois, segundo eles, os parlamentares precisam ter “liberdade” para votar sem causar o famoso “constrangimento” no momento de escolher a pessoa que vai liderar a casa.

A decisão voltou a tona depois que se cogitou a possibilidade da eleição do presidente de 2021 não ser realizada de forma presencial. O motivo seria a crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19 no Brasil.

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Confira o posicionamento dos deputados:

Jerônimo Goergen (Progressistas), que já anunciou voto no candidato do seu partido, Arthur Lira, disse que “pelo poder que o presidente tem, a votação tem que ser secreta, porque o cara pode, eventualmente, perseguir e isolar quem não vota nele”.

Também do Progressistas, Ricardo Izar afirmou que o voto secreto

“dá mais independência para cada parlamentar, que não fica sujeito a pressões partidárias, de líderes” — é sabido que essas pressões também ocorrem com a votação secreta. Fausto Pinato, outro correligionário de Lira, chegou a dizer que o voto secreto “evita qualquer tipo de constrangimento e coação”.

Silas Câmara, que coordenou a bancada evangélica em 2020, pensa parecido:

“Sou a favor do voto secreto, pois isso dá ao parlamentar a liberdade de escolher e conviver com a escolha, seja ela vencedora ou perdedora”.

O deputado do Cidadania Rubens Bueno defendeu que a votação secreta — especificamente na eleição para cargos da Mesa Diretora — serve

“Para evitar que o Executivo use de seu poderio econômico para ‘comprar’ deputados, como, lamentavelmente, já vimos vários vezes”.

Hugo Leal, do PSB, argumentou que o voto deve ser secreto, porque

“Não pode haver manipulação, nem pelo lado do governo, nem da oposição”. Mesmo com a votação secreta, o Executivo interfere, negociando cargos e emendas nos bastidores.

Deputado de primeiro mandato, Luis Miranda (DEM) opinou que

“É melhor para a democracia” a votação secreta. “Para que os partidos não fechem questão e obriguem os deputados a votarem contra suas ideologias”, emendou.

Alguns deputados se esquivaram da pergunta, dando respostas evasivas ou claramente em cima do muro. Outros se disseram favoráveis às votações abertas, em nome da transparência, “mas não nesse caso”. Há também os que se dizem defensores do voto aberto para, em seguida, ponderarem que, se o regimento não mudar, não há o que fazer — ora, são eles que podem mudar o regimento.

O líder do Novo, Paulo Ganime, considera a votação secreta “uma faca de dois gumes”. “De forma geral, acho que, em a votação sendo secreta, há mais chance de uma surpresa acontecer”, pontuou.