Na manhã desta segunda-feira (11), os secretários de saúde dos municípios pernambucanos participaram de uma reunião extraordinária com o Secretário de Saúde do Estado de Pernambuco, André Longo e a Coordenação de Vigilância em Saúde do Estado para tratar sobre o esquema de vacinação da Covid-19. Eles receberam uma boa notícia.
Na conversa, por videoconferência, o Estado informou que as vacinas chegarão em Pernambuco no dia 20 de janeiro e serão distribuídas para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), que ficarão com a incumbência de direcionar para os municípios.
A previsão é que até o dia 25 de janeiro a vacina chegue em todas cidades pernambucanas.
A primeira etapa da vacinação vai abranger os profissionais de saúde que trabalham na linha de frente contra o novo coronavírus em centros e unidades de saúde e as pessoas com mais de 80 anos. A imunização acontecerá diariamente nas Unidades Básicas de Saúde – UBS’s.
Antes disso, serão enviados os quantitativos necessários de seringas e Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s, que serão usados pelos profissionais de saúde que irão trabalhar na aplicação, para as localidades contempladas. Até a próxima sexta-feira, esses materiais devem ser enviados.
O Estado garantiu que dispõe de seringas suficientes para atender, no mínimo, a primeira e a segunda etapa da vacinação.
Ao todo, serão destinadas um milhão e meio de seringas, além das já utilizadas na rotina da saúde.
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Vacina no Brasil
Nesta segunda-feira (11), o governador de São Paulo, João Doria, voltou a criticar a demora da aprovação contra à Covid-19. O gestor estadual fez um apelo para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha senso de urgência na aprovação dos imunizantes.
“Não podemos esquecer que o Brasil está perdendo mil vidas. São cinco aviões lotados que caem todos os dias. Não é razoável que processos burocráticos se sobreponham à vida”, afirmou em coletiva.
O Governo de São Paulo, de João Doria, pretende iniciar a campanha de imunização no dia 25 de janeiro. Na última sexta-feira, 8 de janeiro, o Instituto Butantan enviou à Anvisa o pedido de emergencial da CoronaVac, imunizante que vem sendo produzido no Brasil em parceria com a farmaceutica SinoVac. De acordo com informações, o prazo para que saia o parecer é de 10 dias, a partir do prazo de envio.
Doria fez um apelo ao governo federal e ao Ministério da Saúde.
“Mais de 60 países estão vacinando. Aqui, estamos vacilando, e não vacinando”, disse.
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Declaração
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores, na quinta-feira (7), que, ainda em janeiro, a vacina contra a Covid-19 vai estar disponível no Brasil “para quem quiser”.
“Alguém sabe quantos por cento vai tomar a vacina? Pelo que eu sei, menos da metade vai tomar vacina”, declarou, na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo Bolsonaro, o dado sobre o percentual da população brasileira que vai optar pelo imunizante foi colhido por ele, em pesquisas feitas “na praia, na rua e em tudo que é lugar”.
“Mas pra quem quiser, em janeiro vai ter. Está prevista a chegada de 2 milhões de doses, agora em janeiro. O pessoal pode tomar, sem problema nenhum.”
O chefe do Executivo também afirmou que o Brasil tem um plano de imunização que nenhum outro país tem.
“E outra: temos um plano de vacinação, via SUS, que ninguém tem no mundo. Temos aí centenas de salas de vacinação pelo mundo. Não faltam”, ressaltou.
O presidente demonstrou hesitação sobre o eventual imunizante para uso emergencial, cuja aprovação passa pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O procedimento agiliza a vacinação para conter a disseminação do vírus, e tem sido adotado em diversos países, como Estados Unidos e Reino Unido.
“A vacina emergencial não tem segurança ainda. Ninguém pode obrigar ninguém a tomar algo que você não tem certeza das consequências. Agora, em janeiro vai estar à disposição”, destacou.