Em seu primeiro vídeo de 2021, a jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, fala sobre as lições resultantes da invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, por militantes, orientados pelo presidente Donald Trump, na última quarta-feira (6), sobre os impactos do bolsonarismo e a luta pela vacina.
A primeira dessas lições, diz Manuela d’Ávila, “é a reflexão sobre a postura da polícia diante dos supremacistas brancos que invadem o Capitólio e a maneira como a polícia sempre se organiza para garantir ‘a lei e a ordem’ quando os manifestantes são os homens e mulheres negros norte-americanos”.
Com ao governo Bolsonaro no combate a pandemia de Covid-19, Manuela colocou: “Por aqui, a gente sempre insiste que o exemplo das figuras públicas também é transformador da vida na sociedade brasileira. E é por isso que as palavras do presidente são tão nefastas num momento como o que estamos atravessando”.
Para 2021, Manuela afirmou a importância da mobilização e luta popular.
“Neste momento, nossa luta deve se dar em torno da vacina, da garantia da vacinação pelo SUS, para que todos e todas possam se vacinar. Mas nós precisamos nos vacinar para poder lutar para tirar Bolsonaro da Presidência. Precisamos garantir a derrota do bolsonarismo e suas ideias nefastas nas nossas cidades e no nosso país”, defendeu Manuela d’Ávila.
Veja Mais
>>>“No Brasil estamos vacilando, e não vacinando”, diz Doria
Nesta segunda-feira (11), o governador de São Paulo, João Doria, voltou a criticar a demora da aprovação contra à Covid-19. O gestor estadual fez um apelo para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha senso de urgência na aprovação dos imunizantes.
“Não podemos esquecer que o Brasil está perdendo mil vidas. São cinco aviões lotados que caem todos os dias. Não é razoável que processos burocráticos se sobreponham à vida”, afirmou em coletiva.
O Governo de São Paulo, de João Doria, pretende iniciar a campanha de imunização no dia 25 de janeiro. Na última sexta-feira, 8 de janeiro, o Instituto Butantan enviou à Anvisa o pedido de emergencial da CoronaVac, imunizante que vem sendo produzido no Brasil em parceria com a farmaceutica SinoVac. De acordo com informações, o prazo para que saia o parecer é de 10 dias, a partir do prazo de envio.
Doria fez um apelo ao governo federal e ao Ministério da Saúde.
“Mais de 60 países estão vacinando. Aqui, estamos vacilando, e não vacinando”, disse.
Leia mais:
>> Governo fecha contrato para compra de 100 milhões de doses da Coronavac
Declaração de Dória
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores, na quinta-feira (7), que, ainda em janeiro, a vacina contra a Covid-19 vai estar disponível no Brasil “para quem quiser”.
“Alguém sabe quantos por cento vai tomar a vacina? Pelo que eu sei, menos da metade vai tomar vacina”, declarou, na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo Bolsonaro, o dado sobre o percentual da população brasileira que vai optar pelo imunizante foi colhido por ele, em pesquisas feitas “na praia, na rua e em tudo que é lugar”.
“Mas pra quem quiser, em janeiro vai ter. Está prevista a chegada de 2 milhões de doses, agora em janeiro. O pessoal pode tomar, sem problema nenhum.”
O chefe do Executivo também afirmou que o Brasil tem um plano de imunização que nenhum outro país tem.
“E outra: temos um plano de vacinação, via SUS, que ninguém tem no mundo. Temos aí centenas de salas de vacinação pelo mundo. Não faltam”, ressaltou.
O presidente demonstrou hesitação sobre o eventual imunizante para uso emergencial, cuja aprovação passa pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O procedimento agiliza a vacinação para conter a disseminação do vírus, e tem sido adotado em diversos países, como Estados Unidos e Reino Unido.
“A vacina emergencial não tem segurança ainda. Ninguém pode obrigar ninguém a tomar algo que você não tem certeza das consequências. Agora, em janeiro vai estar à disposição”, destacou.