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Bispo manda recado para políticos: "Não existe missa de posse de prefeito"

Durante a missa do Natal, o bispo da Diocese de Patos, na Paraíba, Dom Eraldo Bispo da Silva, informou que não haverá nenhuma celebração para prefeitos eleitos no território da Diocese. De acordo com líder religioso, a Igreja Católica não possui um ritual específico para posse de gestores municipais.

“Me mostre onde está o ritual para missa de prefeito. Tem missa de ordenação, tem missa de sétimo dia, tem missa para isso, para aquilo, mas me mostre missa para posse de prefeito. Não existe ritual”, declarou.

Veja o vídeo na íntegra: 

O bispo, em tom agressivo, também afirmou que político mente e compra voto para se eleger. Depois dessa afirmação, o religioso disparou:

“Existem orações pela pátria, orações pelo progresso do povo, pela pátria, pela paz, mas para posse de político não existe na Diocese de Patos”.

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“Me mostre onde está o ritual para missa de prefeito. Tem missa de ordenação, tem missa de sétimo dia, tem missa para isso, para aquilo, mas me mostre missa para posse de prefeito. Não existe ritual! Existem orações pela pátria, orações pelo progresso do povo, pela pátria, pela paz, mas para posse de político não existe na diocese de Patos”, afirmou.

Declaração

Padre Zezinho, de 79 anos, um dos padres comunicadores mais conhecidos do país, escreveu uma carta repreendendo a postura de um sacerdote que viralizou na internet após proferir críticas ao presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores durante uma missa virtual realizada no dia 2 de julho. Na ocasião, o padre Edson Adélio Tagliaferro, da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, em Artur Nogueira, interior de São Paulo, chamou Bolsonaro de “bandido” e afirmou que quem votou nele “deveria se confessar”.

De acordo com o Padre Zezinho, a quem se manifestou por meio de uma carta, “padre deve trabalhar para a unidade, mesmo que seu coração seja de direita ou de esquerda ou de centro. A prudência no altar e no púlpito exige dele que anuncie ou denuncie, sem causar rupturas e ódio entre fiéis”, repreendeu o padre.

Ainda segundo a carta escrita pelo católico, se um sacerdote tem pretensões políticas, independente da ideologia, deve seguir com o que acredita e deixar o posto de padre.

“O púlpito é da Igreja, não do padre. Se tem pretensões políticas, peça licença e siga seu coração direitista ou esquerdista ou centrista. Mas não use o púlpito para dividir o povo católico”, ponderou.