Índice que reajusta aluguéis encerra 2020 com alta superior a 20%
Em dezembro, IGP-M subiu 0,96% e, no acumulado do ano, 23,14%. Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), taxa de energia elétrica subiu 8,6% em um mês.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,96% em dezembro, segundo dados divulgados nesta terça (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o IGP-M acumula alta de 23,14%. Em dezembro de 2019, o índice havia subido 2,09% e acumulava alta de 7,30% em 12 meses.
O IGP-M é usado como referência para reajustes que impactam a vida do consumidor, como do aluguel residencial, por exemplo. Com a pressão maior da inflação em 2020, o índice teve uma elevação acumulada fora da curva, o que deve levar à necessidade de negociação entre inquilinos e locatários sobre o reajuste de contratos de aluguel, principalmente levando em conta o aumento de desemprego e a perda de renda dos brasileiros devido à pandemia.
O coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, destaca que o grupo de preços das matérias-primas brutas, que foi o que exerceu maior pressão inflacionária no índice ao produtor por estágios de processamento, desacelerou em dezembro.
“As matérias-primas brutas caíram 0,74% em dezembro. As principais contribuições para este movimento partiram das commodities [que são produtos básicos com cotação internacional]: soja [11,91% para -8,93%], bovinos [7,40% para -0,58%] e milho [21,85% para -2,17%]. Os preços da soja e do milho seguem em alta em bolsas internacionais e tal movimento pode limitar a magnitude das quedas nas próximas apurações”, prevê Braz.
Consumidor
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,21% em dezembro, ante 0,72% em novembro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo habitação (0,23% para 2,11%). Dentro deste grupo, a tarifa de eletricidade residencial saltou de uma variação de -0,16% em novembro para 8,59% em dezembro.
Também houve aceleração inflacionária nos grupos Educação, Leitura e Recreação (1,44% para 2,63%), Alimentação (1,61% para 1,72%), Despesas Diversas (-0,04% para 0,28%) e Comunicação (0,09% para 0,10%). Nestas classes de despesa, destacaram-se os itens passagem aérea (11,70% para 14,62%), frutas (-0,64% para 4,59%), alimentos para animais domésticos (-1,44% para 1,76%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,08% para 0,86%).
No grupo dos Transportes, com variação positiva de 0,71% na média de preços, o item gasolina desacelerou de uma inflação de 1,93% em novembro para 1,26% em dezembro.
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Auxílio Emergencial
A Caixa Econômica Federal encerra nesta terça-feira (29) a etapa de pagamento do auxílio emergencial com a liberação do crédito para 3,2 milhões de brasileiros nascidos em dezembro, no ciclo 6 de pagamentos do programa.
Serão depositados R$ 1,2 bilhão nas contas digitais dos beneficiários, que não fazem parte do Bolsa Família. Os pertencentes ao Bolsa Família já receberam o último benefício de acordo com o calendário e critérios do programa social.
Do total, 50,3 mil pessoas receberão R$ 62,2 milhões da parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). Os demais, 3,2 milhões de beneficiários, serão contemplados com parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 1,1 bilhão.
Os recursos estarão disponíveis na poupança social digital e poderão ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas.
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Calendário
O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento.
Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta sexta-feira serão liberados a partir do dia 27 de janeiro de 2021. A partir dessa data, o beneficiário poderá retirar o auxílio emergencial no caixa eletrônico, nas agências da Caixa ou lotéricas ou usar o aplicativo Caixa Tem para transferir o dinheiro da poupança digital para contas em outros bancos, sem o pagamento de tarifas.
O auxílio emergencial – criado em abril pelo governo federal -, pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil, foi estendido até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória 1000. O auxílio emergencial extensão foi pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada; no caso das mães chefes de família monoparental, o valor foi de R$ 600. Somente aqueles que já foram beneficiados e se enquadram nos novos requisitos estabelecidos na MP receberam o benefício.
Cerca de 1,2 milhão de beneficiários que têm direito apenas à parcela de dezembro do auxílio extensão receberam os R$ 300 ou R$ 600 desde o dia 21 de dezembro. São pessoas que foram contempladas com a primeira remessa do auxílio emergencial em julho.
Com o pagamento desta terça (29), a Caixa completa o crédito dos recursos para esse público. Os saques em espécie e transferências por meio do Caixa Tem também estão disponíveis desde dia 21 para nascidos em janeiro e fevereiro. Para os demais beneficiários, segue o calendário de liberação dos ciclos 5 e 6, a partir de 4 de janeiro.
Da redação do Portal com informações da Agência Brasil