Vacina

Covid-19: Quarenta e sete países iniciaram vacinações. Brasil continua sem data

Enquanto o mundo executa planos de vacinação em massa para imunizar as populações contra a Covid-19, o Brasil, o segundo colocado em mortes por coronavírus no mundo – são mais de 191 mil óbitos pela doença – continua atrasado e não tem um plano detalhado para uma campanha nacional de vacinação, não há previsão de quando o processo terá início no país.

Segundo levantamento do site ‘Poder 360’, pelo menos 47 países já começaram a aplicação das imunizações. A falta de planejamento do governo pode deixar o país sem cobertura vacinal em 2021, alertam especialistas.

Na América Latina, México, Chile e Costa Rica iniciaram a vacinação na quinta-feira (24), enquanto a União Europeia deu a largada no domingo (27). A  Argentina começará nesta terça-feira (29). O presidente Alberto Fernandez autorizou a compra de 300 mil doses da vacina russa Sputnik V que chegaram na semana passada.

A suposta preocupação de Bolsonaro não encontra qualquer respaldo na ciência. De acordo com o jornal ‘ The New York Times’, atualmente cinco vacinas foram liberadas para uso emergencial ou limitado, e três para uso definitivo. Ou seja, passaram por todos critérios científicos considerados seguros para aplicação na população.  São elas a Pfizer/BioNTech, desenvolvida em parceria entre EUA e Alemanha, a americana Moderna e a chinesa Sinopharm-Pequim.

Entre as cinco liberadas para uso emergencial ou em caráter limitado, estão a Sputnik V, a CanSino (restrita à China), a russa Vector, a chinesa Sinopharm-Wuhan e a CoronVac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. Outras 19 vacinas estão na fase 3 de testes, segundo o ‘NY Times’.

No Brasil, a aposta maior é a CoronaVac, da chinesa Sinovac, motivo de disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória. O Instituto Butantan ainda não divulgou a conclusão final  dos testes com a vacina, frustrando a comunidade científica, que esperava resultados conclusivos na semana passada.

“Se a CoronaVac se mostrar ruim, estamos em um mato sem cachorro”, resumiu a doutora em microbiologia pela USP, Natalia Pasternak, em entrevista ao ‘Blog Inconsciente Coletivo do Estadão’. Ela ressaltou o alto risco de o país ficar sem cobertura se passar a não contar com a vacina chinesa.

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O Brasil ultrapassou a marca de 7,5 milhões de casos de covid-19. Com 20.548 novos diagnósticos positivos da doença registrados nas últimas 24 horas, o país chegou a 7.504.833 pessoas infectadas desde o início da pandemia do novo coronavírus. No domingo (27), o painel do Ministério da Saúde trazia 7.484.285 casos.Covid-19, Covid-19: Brasil ultrapassa 7,5 milhões de casosCovid-19, Covid-19: Brasil ultrapassa 7,5 milhões de casos

Os dados estão na atualização diária feita pela pasta e divulgada na noite desta segunda-feira (28). O balanço reúne informações levantadas pelas secretarias estaduais de saúde de todo o país.

De acordo com a atualização, o total de mortes provocadas pelo novo coronavírus atingiu 191.750. Nas últimas 24 horas, foram registradas 431 novas vítimas fatais da pandemia. Até ontem, o sistema marcava 191.139 óbitos. Ainda há 2.439 óbitos em investigação.

Os dados do Ministério da Saúde apontam também 744.635 pacientes em acompanhamento e 6.568.898 pessoas que já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e às segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações do fim de semana enviadas à pasta.

Fonte: com informações de ‘Poder 360’, ‘ El País’, ‘Blog Inconsciente Coletivo do Estadão’ e ‘NY Times’