Declaração

Pedro Bial chama Bolsonaro de 'sem noção, delirante e acéfalo'

Desgovernante, sem noção, delirante e acéfalo. Esses foram os adjetivos que o jornalista da TV Globo, Pedro Bial usou para falar do presidente da República, Jair Bolsonaro. A declaração do apresentador foi feita em uma edição dedicada a discutir a importância da escola na vida das crianças. O  programa da TV Globo foi ao ar na madrugada desta quinta-feira (17).

“Difícil encontrar desgoverno que se compare no mundo”, disse Bial sobre a gestão do presidente sem partido.

 

“Desde o início nosso desgovernante tentou negar a gravidade da crise, seguiu inventando remédios falsamente milagrosos, deu os piores exemplos, sem máscara e sem noção, causou aglomeração e sabotou ministros da Saúde e da Educação”.

Durante a conversa, o jornalista Pedro Bial não citou o nome do presidente, chamado de “inominado”. As afirmações foram feitas na abertura do programa.

A edição desta quinta-feira contou com a participação de Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas e colunista da Folha, e Daniel Becker, pediatra do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Declaração

O presidente Jair Bolsonaro informou na terça-feira (15), em entrevista à Band, que não irá se vacinar contra covid-19.

“Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente outra. Mas como sempre eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final”, disse o presidente.

Bolsonaro disse não ser contrário à vacina, mas afirmou ser “plenamente favorável” ao que chamou de tratamento preventivo. O mandatário voltou a defender a cloroquina e disse que o medicamento salvou sua vida.

“Seja qual for [a vacina], passou pela Anvisa, eu dou sinal verde para o Ministério da Saúde comprar e colocar em prática”, afirmou Bolsonaro.

O presidente esteve na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), onde foi recebido por uma multidão.

“Desde o começo eu falei para o meu pessoal: esse vírus aí é uma chuva, vai pegar em todo mundo. E outra coisa: Você tomando a vacina, daqui a 2, 3 ou 4 anos, você vai ter que tomar de novo. Caso contrário, você vai ser infectado”, disse.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a dizer que a vacina não será obrigatória.

“Nós devemos respeitar quem não queira tomar, não como de vez em quando alguma autoridade diz que tem que ser obrigatória. Não vai ser obrigatória”, disse.

Termo de consentimento 

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que as pessoas que estiverem interessadas em se vacinar contra a Covid-19 no país terão que assinar um tipo de “termo de responsabilidade”.

A declaração foi dita em conversa com apoiadores na noite de segunda-feira (14), pois segundo o gestor, a medida é motivada por cláusulas adotadas pelas farmacêuticas, como a Pfizer, que isentam as empresas por quaisquer efeitos adversos.

“Não é obrigatória [a vacina]. Vocês vão ter que assinar termo de responsabilidade para tomar. Porque a Pfizer, por exemplo, é bem clara no contrato: ‘Nós não nos responsabilizamos por efeitos colaterais’. Tem gente que quer tomar, então toma, a responsabilidade é tua. Se der algum problema aí… espero que não dê”, disse o presidente.