João Campos é liberado a mostrar que Marília teria tentado proibir a leitura da Bíblia na Câmara
Segundo o PSB foram 12 decisões contra Marília Arraes, incluindo a liberação, no Pleno do Tribuna Regional Eleitoral (TRE-PE).
Os advogados da Frente Popular do Recife que tem como candidato João Campos (PSB) informou nesta sexta-feira (27) que impôs à coligação da candidata Marília Arraes (PT) derrotas na Justiça.
Segundo o PSB foram 12 decisões contra Marília Arraes, incluindo a liberação, no Pleno do Tribuna Regional Eleitoral (TRE-PE), da veiculação de peças da campanha de João Campos (PSB) que informavam que a postulante petista teria tentado proibir a leitura da Bíblia na Câmara do Recife, no seu período como vereadora na capital pernambucana.
“Por maioria de votos, negar o Direito de Resposta no que diz respeito à questão da possibilidade ou não de leitura de texto bíblico na Câmara de Vereadores”, diz o acórdão publicado em sessão.
Ver mais:
>> Marília Arraes é notificada pela Justiça por improbidade administrativa
>> Zambelli pede investigação contra Marília Arraes e Túlio Gadelha
>> Humberto defende Marília e o PT e critica a campanha de desinformação
Entre outras decisões contrárias à Marília Arraes estão peças referentes a suposto machismo, Impedindo a veiculação de peças com atribuição à campanha de João Campos; a liberação de peças que informam sobre os processos de improbidade administrativa relativos à denúncia feita pelo MPPE da existência de funcionários fantasmas no gabinete de Marília; além da manutenção do comercial de TV com o áudio do deputado Túlio Gadêlha, que indicou a prática de rachadinha por parte de Marília.
Marília Arraes (PT) havia ganhado o direito de resposta no horário eleitoral de João Campos (PSB) sobre uma propaganda que foi retirada do ar pela Justiça Eleitoral. A petista teve entre 15 e 18 inserções, em três emissoras. A campanha do socialista havia afirmado que Marília era contra o Prouni municipal e a Bíblia.
Na campanha, a Frente Popular do Recife, em propaganda eleitoral veiculada no sábado (21), afirmava o seguinte:
“A candidata Marília assinou documento para acabar com o Prouni Recife. O programa da prefeitura que garante universidade de graça para estudantes da rede pública. Ela é contra o Prouni Recife? E olha o que ela disse na Câmara Municipal: ‘me posicionei contra o costume de se ler passagens da bíblia e se falar no nome de Deus’. Ela é contra? Parece que ninguém escapa do desrespeito da candidata Marília. Ninguém”.
Sobre a fala em que cita a leitura de passagens da bíblia, a defesa de Marília Arraes afirmou que a frase foi retirada de contexto de um discurso proferido na Câmara Municipal, em que a candidata defendia a laicidade do Estado no âmbito das instituições públicas, como previsto pela Constituição Federal.
“O fato da candidata Marília Arraes defender a laicidade do Estado no âmbito das instituições públicas, não significa que ela seja contrária às práticas religiosas ou o desrespeito às religiões seculares”, afirma a decisão.