O Seguro Obrigatório de Veículo (DPVAT) pode ser isento em 2021 e 2022 para pedestres e motoristas. A Seguradora Líder, responsável pelo Dpvat, está investigada por mau uso do dinheiro público e foi extinguida no começo desta semana.
A dissolução da Líder a partir do dia 1º de janeiro, a Superintendência de Seguros Privado (Susep) analisa um modelo de gestão para manter o serviços até que o Congresso avalie mudanças.
O governo ficará responsável por acompanhar o programa, e Susep irá repassar a gestão para um ente público. Ainda não se sabe qual entidade será favorecida mas o anúncio deverá ser feito em dezembro.
Entenda o caso:
De acordo com o jornal Exame, uma fonte revelou que a ideia é consumir o valor excedente do caixa da Seguradora Líder nos próximos anos, estimado em R$ 9 bilhões. Neste caso, o seguro obrigatório ficaria isento de pagamento.
A isenção não remove nenhum benefício do segurado, ou seja, tanto motorista, quanto passageiro e pedestre continuarão recebendo a indenização em caso de acidente em todo o país.
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O seguro cobre três tipos de acidentes: morte, com indenização de R$ 13.500; invalidez permanente, com indenização de até R$ 13.500, sendo o valor estabelecido de acordo com o local e intensidade da sequela; e reembolso de despesas médicas e suplementares (DAMS), com valor que pode chegar a R$ 2.700.
Em 2019, mais de 353 mil indenizações do Seguro Dpvat foram pagos em todo o país. Desse total, 235.456 casos são por invalidez permanente, seguidos por reembolsos com despesas médicas, que totalizaram mais de 77 mil pagamentos. Os casos de cobertura por morte totalizaram 40.721 indenizações aos familiares das vítimas de acidentes de trânsito.
Investigação
A Susep noticiou a Seguradora Líder para que ela devolva o valor de R$ 2.257.758.435,26, referente a 2.119 despesas consideradas irregulares, executadas com recursos públicos do seguro DPVAT entre os anos de 2008 e 2020.