Prorrogado

A pedido da PF, inquérito que investiga propina a FBC e Fernando Filho é prorrogado no STF

O inquérito da Polícia Federal sobre o senador Fernando Bezerra foi prorrogado após pedido do ministro do STF Luís Barroso por mais 60 dias.

A investigação apura se o senador recebeu propina de empreiteiros em obras no Nordeste entre 2012 e 2014, quando o político era ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff. A investigação também envolve o filho do parlamentar, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE).

A decisão atendeu a um pedido feito pela Polícia Federal em outubro e é da última quinta-feira (19). De acordo com a PF, a medida é necessária para a realização de diligências pendentes, como o depoimento dos dois parlamentares.

O pedido, em parecer ao STF, a Procuradoria-Geral da República concordou com a prorrogação das investigações.

“Diante das circunstâncias ainda não completamente esclarecidas na investigação, necessária sua continuidade com a adoção de novas diligências investigativas com o fim da completa elucidação dos fatos e da obtenção de evidências suficientes acerca da materialidade e da autoria”, disse o MPF.

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Operação em 2019

Bezerra Coelho foi alvo de busca e apreensão da operação Desintegração, que apura suposto pagamento de propina de R$ 5,5 milhões a ele e ao filho quando o senador era ministro da Integração do governo Dilma Rousseff.

Um dos casos envolve obras do Canal do Sertão e a transposição do rio São Francisco. Na operação, a PF apreendeu R$ 120 mil na casa do deputado Fernando Bezerra Coelho Filho.

Na época em que a operação foi deflagrada, em setembro do ano passado, a defesa divulgou nota na qual afirmou que a PF fez um relatório “açodado” e “repleto de ilações”.

A defesa de Bezerra Coelho e do filho tem negado que eles tenham cometido irregularidades.