Alvos

Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli são investigados por ataques contra a Justiça Eleitoral

Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP) são dois dos alvos da investigação que apura ataques à Justiça Eleitoral, segundo informou o Estadão. A Procuradoria Geral da República (PGR) ficará responsável pelas investigações.

Eduardo e Zambelli são suspeitos de participarem de campanha de desinformação e de ataques cibernéticos contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições municipais realizadas no último dia 15 de novembro.

Além dos dois parlamentares citados, outros dois deputados bolsonaristas também estão sendo investigados: Bia Kicis (PSL-DF) e Felipe Barros(PSL-PR). O motivo da PGR assumir o inquérito, que estava com o Ministério Público Federal, é porque entre os investigados há deputados que têm direito a foro privilegiado. O despacho foi enviado na sexta-feira (20) ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

No dia 15 de novembro, foram identificados disparos em massa contra o sistema da Justiça Eleitoral. No dia seguinte a votação, Eduardo Bolsonaro fez publicações nas quais colocou em dúvida o processo eleitoral. “Não sou obrigado a acreditar em urnas inauditáveis e como parlamentar proponho leis + transparência às eleições. Isso é bem diferente de melar a eleição e ser acusado de coordenar ataque hacker.”

Zambelli também comentou a votação do primeiro turno. “A democracia só existe na prática quando o cidadão tem seu direito ao voto garantido! Ele tem o direito de saber se seu voto foi computado e, se necessário, auditado. A despeito dos q gritam contra o voto impresso, o sistema puramente eletrônico se provou inseguro e inauditável.”

“O aprofundamento das análises tem revelado indícios da existência de um sofisticado núcleo de tecnologia da informação, com hackers a serviço de grupos políticos com interesses em desacreditar a Justiça Eleitoral, o processo de apuração e totalização de votos e, em última instância, o sagrado direito a eleições livres e limpas no Brasil”, apontou a representação da SaferNet Brasil, onde a ação foi iniciada.

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