Resposta

Bolsonaro diz que 'ganhou mais uma' depois da suspensão de testes da Coronavac

Nesta terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro respondeu um comentário de um internauta no Facebook depois de ser questionado sobre a possibilidade de compra da vacina Coronavac, em caso de comprovação científica.

O medicamento, que tem o objetivo de frear os efeitos da pandemia do novo coronavírus, estava na fase 3 e teve os estudos suspensos na última segunda-feira, 9 de novembro, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na resposta do comentário, o chefe da nação também citou o gestor estadual de São Paulo, João Doria.

“Morte, invalidez, anomalia… Esta é uma vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser comprada. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”,  disse Bolsonaro no Facebook.

Resposta do presidente Jair Bolsonaro no Facebook. Foto: Reprodução

A vacina Coronavac vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac.

Pandemia

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já infectou 5.675.766 brasileiros. Desse número, 162.638 pessoas perderam a vida para o vírus no país.

Leia também:
>>>Anvisa suspende estudos da Coronavac após grave incidente com voluntário

Suspensão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota, que suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus. A suspensão ocorreu por causa de um “evento adverso grave” ocorrido. A Anvisa não informou qual evento seria. Pode ser desde a internação de um voluntário até a sua morte.

De acordo com a agência, esse evento adverso ocorreu em 29 de outubro. Agora, a agência reguladora vai analisar os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo. Esse tipo de interrupção nos estudos, segundo a Anvisa, é parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas para estudos desenvolvidos no Brasil.

“Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. A Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”, acrescentou a agência, em nota.

A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Dez dias antes do “evento adverso grave” ser registrado, ela foi considerada a vacina mais segura dentre todas as testadas pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.