Eleições 2020

Pesquisa diz que rejeição de Patrícia mais que dobrou nos últimos dez dias

Nesta quinta-feira (5), foi divulgada mais uma pesquisa Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo, apontando os percentuais de intenção de voto dos recifenses na eleição municipal de 2020. Um dos dados que chamaram atenção foi o número de rejeição da delegada Patrícia Domingos (Podemos). De acordo com o resultado, a taxa de aversão da candidata mais que dobrou nos últimos dez dias.

Na nova pesquisa, Patrícia conta com uma rejeição de 35%. No levantamento, realizado entre 20 e 21 deste mês, 15% rejeitavam a possibilidade de votar na delegada, o menor índice entre todos os candidatos. Na primeira semana de outubro, a rejeição a ela era ainda mais baixa (13%), ou seja, no período de um mês, a taxa dos que não votariam de jeito nenhum em Delegada Patrícia subiu 169%.

Segundo o Portal G1 Pernambuco, a alta na aversão a Delegada Patrícia ocorreu em todos os segmentos sociodemográficos relevantes do levantamento, com menor intensidade entre os mais jovens (de 19% para 25%) e com maior intensidade nas faixas de 35 a 44 anos (de 14% para 37%), de 45 a 59 anos (de 17% para 40%) e no estrato de renda familiar mais alta, acima de cinco salários (de 13% para 39%).

Polêmica

Um vídeo de campanha da coligação Recife Acima de Todos, do prefeiturável Mendonça Filho (DEM), foi ao ar na TV, na quarta-feira, 28 de outubro, exibindo postagens do ano de 2011 da candidata a prefeita do Recife, Patrícia Domingos (Podemos). A crítica aconteceu em meio a uma disputa pelo segundo lugar no primeiro turno das Eleições na capital pernambucana.

A peça monstra prints de publicações do Facebook da candidata, onde a mesma chamou o Recife de “Recifilis”. Além disso, em outra publicação, sem dizer o nome da cidade, Patrícia escreveu: “Nunca vi tanta gente feia reunida. Estaria eu em um parque de horrores? kkkkkkk”.

As publicações tomaram conta das redes sociais na segunda-feira, 19 de outubro, gerando revolta em alguns recifenses. Patrícia Domingos é natural do Rio de Janeiro e mora em Recife desde 2008.

Ela chefiou a Delegacia de Crimes contra Administração e Serviços Públicos (Decasp), extinta em 2018. Posteriormente, ela ficou a cargo do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Defesa

deputado federal e aliado da candidata Patrícia Domingos (Podemos), Daniel Coelho (Cidadania), saiu em defesa da postulante após a revelação do jornal O Globo, na coluna do jornalista Lauro Jardim, sobre o nome dela inscrito no programa de habitação social ‘Minha Casa, Minha Vida’.

Em comentário na rede social, o parlamentar escreveu:

“Bate mais, mas bate com força!!! Patrícia é massa de bolo. Quanto mais bate, mais cresce!!! O desespero é absoluto na casa de farinha”, disse Daniel fazendo referência aos contratos da prefeitura do Recife com a empresa fornecedora de alimento escolar, Casa de Farinha.

Segundo informou o jornal, a inscrição aconteceu no ano de 2018, e as unidades, localizadas na Zona Oeste do Rio de Janeiro, eram destinadas às famílias com renda bruta de até R$ 1,8 mil/mês. Naquela época, o salário bruto de Patrícia que já atuava como delegada em Pernambuco era de R$ 21 mil.

No entanto, como não houve  entregou de completa de toda documentação, o nome de Patrícia foi parar na lista de reservas, onde se encontra até o momento.

De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o nome de Patrícia consta no programa desde janeiro de 2003, quando foi informada a renda mensal de R$ 1,5 mil.

Ainda segundo a prefeitura, caso Patrícia “tivesse comparecido para a entrega da documentação exigida, e essa não se enquadrasse dentro do que prevê a lei, ela teria sido retirada da lista”. A candidata negou ter se inscrito em qualquer programa social e o caso será investigado pela Polícia Civil, após ela ter prestado queixa e registrado um boletim de ocorrência.