Flávio Dino diz que vai processar Bolsonaro após fala sobre o Guaraná Jesus: “habitual falta de educação e decoro”
O governador do Maranhão, inclusive, não foi convidado pelo presidente para o acompanhar em visita em obra do governo federal no estado.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre o Guaraná Jesus, a tradicional bebida maranhense. Ainda nesta quinta-feira (29), o político usou o Twitter para repudiar a declaração: “Falta de educação e decoro”.
Em visita oficial ao estado, Bolsonaro tomou um copo do guaraná e fez uma piada que causou polêmica. “Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”. A brincadeira em tom pejorativo se deu pelo fato da bebida ser cor rosa. “Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí. Quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, disse o mandatário.
Dino, bem como muitos maranhenses, reprovaram a fala considerada homofóbica. Na publicação, o governador chegou a acusar Bolsonaro de usar recursos públicos para propaganda política.
“Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para propaganda politica. Será processado”, escreveu Flávio Dino.
Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para propaganda politica. Será processado.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) October 29, 2020
Ida ao Maranhão
Bolsonaro foi recebido em São Luís (MA) por vários apoiadores que o seguiram até um bar da cidade -onde o presidente tomou o Guaraná Jesus e fez piada. Em seguida, o chefe de Estado foi para Imperatriz (MA), onde participou das entregas feitas viabilizadas pelo governo federal ao estado. Ele também esteve na inauguração de trecho de 3,7km da BR-135, que fica entre São Luís e o município de Bacabeira. Bolsonaro, inclusive, não convidou Dino para o acompanhar na agenda no estado.
“Não fui convidado. Oficialmente o único papel que chegou foi um ofício do general Heleno pedindo segurança a Bolsonaro. Nada mais”, disse Dino.
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