Possibilidade

Governadores avaliam consórcio para compra de vacina chinesa

Os governadores e secretários de Saúde do País cogitam a possibilidade de se unirem em um consórcio para financiar e distribuir a Coronavac, assim que acontecer um aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A decisão pode acontecer após o presidente Jair Bolsonaro ignorar a vacina contra a Covid-19, que é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan.

Uma das consequências que fez o presidente voltar atrás sobre a decisão da compra das vacinas foi  por causa de disputas políticas com o governador João Doria (PSDB) e o país de origem do produto.

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Bolsonaro disse à Rádio Jovem Pan que não comprará o imunizante mesmo se liberado pela Anvisa. Há, diz, “descrédito muito grande” da população sobre a Coronavac e a China.

A ideia dos governadores ainda está no começo, porém, esbarra na dificuldade de ter recursos sem apoio federal. Representantes de Doria pediram R$ 1,9 bilhão ao Ministério da Saúde no projeto da vacina, mas o valor total pode ser maior.

O dinheiro é destinado ao desenvolvimento de outra vacina, de parceria da farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford (Reino Unido). A ideia seria obter, na tramitação da MP no Congresso, a destinação de parte do montante ao Butantan e à pesquisa da Coronavac.

Em agosto, Doria pressionou a bancada paulista na Câmara para isso.