Declaração

Bolsonaro: 'voadora no pescoço de quem praticar corrupção no meu governo'

Dias após declarar que não existe “mais corrupção no governo”, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), comentou sobre o qual a atitude tomaria caso encontrasse alguma prática deste tipo.

“Se acontecer alguma coisa, a gente bota para correr, dá uma voadora no pescoço dele. Mas não acredito que haja no meu governo”, afirmou.

A declaração foi dada a apoiadores na manhã desta quarta-feira, 14 de outubro, em Brasília.

O presidente também comentou sobre uma operação da Polícia Federal em Roraima, que mira investigar desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia do novo coronavírus.

“Ah, acabou a Lava Jato, pessoal? A PF está lá em Roraima hoje. Para mim não tem. No meu governo, não tem porque botamos gente lá comprometida com a honestidade, com o futuro do Brasil”, declarou.

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Bolsonaro afirma que não existe mais corrupção no governo

O presidente Jair Bolsonaro declarou, na tarde do dia de outubro, que não há corrupção no seu governo e que, portanto, acabou com a Operação Lava Jato. A declaração foi dada na cerimônia de lançamento do programa Voo Simples, criado pelo Governo Federal e que traz novas regras à indústria de aviação.

Em sua fala, Bolsonaro disse que não é virtude acabar com a corrupção, mas sim, uma obrigação.

“Eu desconheço um lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, proferiu o mandatário.

E completou:

“Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa pra qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia”.

Mesmo que Bolsonaro tenha dito que não há mais investigações da Lava Jato por causa da “ausência” de atos de corrupção, não é uma prerrogativa do Executivo finalizar a operação. De acordo com o procurador da Lava Jato, Roberson Pozzobon, “é impossível encerrar até janeiro as mais de 400 investigações em curso na Operação”. Afirmação do procurador foi concedida à CNN Brasil.