Homologado

Prefeito Sérgio Hacker é lançado como candidato à reeleição, em Tamandaré

Em convenção realizada, na noite da quarta-feira (16), o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), teve a candidatura à reeleição homologada. Ele é era patrão de Mirtes Souza, mãe do menino Miguel, e é marido de Sarí Corte Real, acusada de abandono de incapaz por ter deixado o menino de 5 anos sozinho em um elevador em um dos prédios das Torres Gêmeas, no Centro do Recife.

A coligação “Tamandaré – Trabalho que Transforma” reúne PSB, PSD, Solidariedade e Patriota. O candidato a vice-prefeito é Nino. O evento teve a presença ex-prefeito da cidade, Hildo Hacker. A família já ocupou diversos cargos de prefeito nas cidades do Litoral Sul de Pernambuco.

Caso Miguel

A mãe do menino Miguel, Mirtes, trabalhava como empregada doméstica na casa de Sérgio Hacker e de Sarí Corte Real. Mas Mirtes recebia salários da Prefeitura de Tamandaré porque constava como funcionária dos quadros da gestão municipal. A nomeação suspeita está sendo investigada pelo Ministério Público de Pernambuco.

Sérgio Hacker também teve os bens bloqueados parcialmente pela Justiça. Apesar de Tamandaré ter ficado vista nacionalmente no episódio do caso Miguel, o candidato do PSB à reeleição preferiu não comentar o assunto na convenção.

“Somos um governo comprometido com o nosso povo e não podemos deixar nossa cidade retroceder! Tamandaré vem se destacando em todas as áreas, como educação, que recebeu um prêmio da Unesco e recentemente ficou com média 5.3 no IDEB. Já na área do Turismo, Tamandaré foi reconhecido como um dos destinos favoritos para quem busca belas praias, e todo esse trabalho foi reconhecido nacionalmente e internacionalmente graças aos investimentos que foram realizados no município”, disse o prefeito.

Na semana passada, os advogados da primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real, apresentaram à Justiça a defesa dela.

A partir de agora, o juiz responsável pela 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital vai definir os próximos passos do processo. A morte de Miguel, que caiu de um prédio de luxo na área central do Recife, completou três meses no dia 1º de setembro.

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Sarí responde pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte. Se o juiz responsável decidir por dar continuidade ao processo, será marcada a audiência de instrução e julgamento do caso, quando testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas em juízo.

Por fim, a ré também prestará depoimento (mas pode optar pelo silêncio). A etapa seguinte será a de alegações finais, quando Ministério Público e defesa apresentarão suas teses à Justiça. Por fim, o juiz dará a sentença.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na tarde de 02 de junho, Sarí Corte Real, agindo dolosamente, teria abandonado Miguel, que estava sob sua vigilância naquele momento, nas dependências do Edifício Píer Maurício de Nassau, situado na Rua Cais de Santa Rita, bairro de São José, ocasionando tal atitude o evento morte do menor. Na ocasião, a mãe dele, Mirtes Renata Souza, passeava com o cachorro da patroa.

A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística no edifício constatou que Sarí apertou o botão da cobertura, antes de deixar a criança sozinha no elevador. Ao sair do equipamento, o menino passa por uma porta corta-fogo, que dá acesso a um corredor.

No local, ele escala uma janela de 1,20 m de altura e chega a uma área onde ficam os condensadores de ar. É desse local que Miguel cai, de uma altura de 35 metros. Sarí Corte Real responde ao processo em liberdade.