PF encontra R$ 210 mil em operação que prendeu prefeito e vice de Agrestina
O vice-prefeito chegou a se sentir mal e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (10), mandado de busca e apreensão de documentos na sede da Prefeitura de Agrestina, no Agreste de Pernambuco, por crime de corrupção e desvio de recursos públicos. Foram apreendidos R$ 210 mil durante a operação.
Na ação policial, o prefeito de Agrestina Thiago Nunes (MDB) e seu Vice, Zito da Barra, foram presos.
Em seguida, os políticos foram levados para a Delegacia da PF em Caruaru, para prestar esclarecimentos. O vice-prefeito se sentiu mal e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Além do prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (MDB), e do vice-prefeito Zito da Barra (PSDB), foram presos, dentro da 3ª fase da Operação Pescaria da Polícia Federal, um funcionário da prefeitura de Agrestina e dois empresários que estavam envolvidos no suposto esquema criminoso. Os nomes deles não serão revelados.

Por meio da assessoria, os advogados dos políticos disseram que Thiago Nunes e Zito da Barra foram apenas prestar esclarecimentos para polícia, e que não houve prisão.
Foram encontrados R$ 110 mil reais em dinheiro dentro de um cofre e dois cheques no valor de R$ 50 mil reais cada. Totalizando R$ 210 mil reais apreendidos pela PF. Os valores foram encontrados na casa de outro suspeito investigado na mesma operação.
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A operação
A Polícia Federal em Caruaru, com o apoio da Controladoria-Geral da União-CGU, deflagrou na manhã desta quinta-feira (10), a terceira fase da Operação Pescaria, com o propósito de dar continuidade às ações repressivas iniciadas no ano de 2018 para desarticular uma Organização Criminosa especializada no desvio de recursos públicos na Prefeitura de Agrestina/PE.
As vantagens ilícitas eram auferidas por meio da contratação fraudulenta de empresa de “fachada”, com recursos oriundos de verbas federais, frustrando o caráter competitivo do processo licitatório e promovendo a execução dos contratos por meio de terceiros desqualificados.

A investigação que culminou com a deflagração da Operação Pescaria III, mira a lavagem dos lucros ilicitamente auferidos pela organização criminosa, levada a cabo por meio da utilização de conta bancária de titularidade de um “laranja” vinculado ao grupo. Esta conta bancária servia aos investigados para o recebimento de transferências bancárias e depósitos em espécie, estes na sua maioria em valores baixos e sem a identificação da origem, realização de saques de valores vultuosos, bem como, também, para a utilização de títulos de crédito ao portador (cheques) assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro.
Nesta data a Polícia Federal cumpre 05 (cinco) Mandados de Prisão Preventiva, 13 (treze) Mandados de Busca e Apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de Mandados de Afastamento de Funções Públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, além de Mandados de Afastamento de Sigilos Bancário e Fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
As duas fases que antecederam a Operação Pescaria III foram deflagradas respectivamente em 21/02/2019 e 28/03/2019.
Os crimes investigados na atual fase da operação são de Organização Criminosa, Peculato, Falsidade Ideológica e Lavagem de Dinheiro. A ação conta com o emprego de 70 (setenta) Policiais Federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União.
Da redação do Portal com informações da Polícia Federal de Pernambuco