Crime

Operação da PF em Goiás investiga fraudes de aposentadoria por idade

Em Goiás, cerca 25 policiais federais e servidores do INSS cumprem nesta quinta-feira (10), sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Jataí/GO, nos municípios goianos de Quirinópolis, Cachoeira Alta e Paranaiguara.

A ação, que tem o objetivo de combater esquema fraudulento de obtenção de aposentadoria por idade rural na Agência da Previdência Social de São Simão, em Goiás, faz parte da Operação Pravum e tem o apoio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A estimativa é de que o prejuízo causado ao INSS seja de aproximadamente R$ 385 mil.

Goiás

A investigação teve início em 2019 quando o INSS verificou que requerimentos dos benefícios levantaram suspeitas por conter diversos documentos semelhantes, repetição de testemunhas em contratos, coincidências de números de telefone, repetições dos IPs das máquinas utilizadas para a realização dos agendamentos, notas e recibos sem a conhecimento dos emitentes, além de outros indícios de falsidade.

Penas

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e estelionato previdenciário. Somadas as penas previstas chegam a mais de 10 anos de prisão.

Recorrente

Não é de hoje que a Polícia Federal (PF) deflagra operação para colher provas de irregularidades em aposentadorias. Em alguns casos contam com participação de advogados, contadores e servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na prática de fraudes contra o Sistema Previdenciário.

As fraudes possibilitam que pessoas que não tinham tempo de contribuição suficiente recebam a aposentadoria sem ter direito, depois de informarem vínculos de trabalho inexistentes.

“O prejuízo real causado pelas fraudes é da ordem de 55 milhões de reais, sendo que a estimativa de economia com a desarticulação do esquema criminoso, caso as fraudes não tivessem sido descobertas e as aposentadorias continuassem sendo pagas, é de 347 milhões de reais”, diz a PF.

Depois de averiguar centenas de benefícios concedidos, a PF constatou que vários requerimentos de benefícios que tinham indício de fraude estavam concentrados em um grupo de alguns servidores. Segundo a PF, eles aprovam as aposentadorias sem observar os requisitos previstos na legislação, como o período de carência e conferência dos documentos.

Agência Brasil