Economia

‘Não vamos interferir no mercado’, diz Bolsonaro sobre alta nos alimentos

O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta quarta-feira (9), sobre a elevação dos preços dos alimentos nos últimos dias. Arroz, feijão, carne, leite, óleo, tiveram altas devido a vários fatores que interferiram no atacado. No Palácio da Alvorada, o presidente declarou aos apoiadores que o governo não vai interferir no mercado “de jeito nenhum”.

“Os rizicultores, os plantadores de arroz, estavam com prejuízo há mais de dez anos, mas está sendo normalizado isso aí. Não vamos interferir no mercado de jeito nenhum, não existe canetaço para resolver o problema da economia”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que já conversou com donos de supermercados e que, segundo eles, os empresários estariam se “empenhando para reduzir o preço a cesta básica e apontou o crédito do auxílio emergencial como responsável no aumento do consumo.

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“Conversei com duas autoridades dos supermercados, tá? Na ponta da linha, o preço chega pra eles, e eles estão se empenhando para reduzir o preço da cesta básica, que dado ao auxílio emergencial, houve um pequeno aumento no consumo. Houve mais exportação por causa do dólar também, sabemos disso aí”, completou.

A fala de Bolsonaro ocorreu após o Ministério da Justiça notificar empresas de produção e distribuição de alimentos sobre o aumento dos preços.

Ontem, ele também se reuniu com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e recebeu o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto.

Auxílio emergencial de R$ 300 até dezembro

Já confirmado pelo governo federal, auxílio emergencial será prorrogado até dezembro no valor de R$ 300.

Bolsonaro destacou que o valor definido é o suficiente para atender as necessidades do programa.

“O valor como tínhamos dizendo, R$ 600 é muito para quem paga, no caso o Brasil. Podemos dizer que não é um valor suficiente muitas vezes para todas as necessidades. Mas basicamente atende”, acrescentou.

O benefício começou a ser distribuído em abril, no valor de R$ 600 para os trabalhadores informais atingidos pela pandemia do novo coronavírus. A princípio, o auxílio foi estipulado para três meses e, sem seguida, foi prorrogado por mais dois meses. Após discussões, o auxílio se estende por mais quatro meses com quantia reduzida em 50%.