Vídeo: Mourão defende que ricos paguem para estudar em universidades públicas
O vice-presidente afirmou que é algo que precisa ser pensado "sem preconceitos" sobre o assunto.
O vice-presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), trouxe à tona novamente o tema da cobrança de mensalidades ou taxas em universidades públicas e disse defender que ricos paguem para estudar em universidades públicas.
Segundo Mourão, a universidade pública deveria absorver primeiramente alunos que sempre estudaram na rede pública.
A declaração de Mourão foi durante uma entrevista ao Programa Morning Show.
Em 2017, o Banco Mundial divulgou um estudo, recomendando a cobrança de mensalidades, argumentando que as universidades públicas brasileira são ineficientes e injustas.
“Ouso arriscar que uns 60% que frequentam universidade federal têm condições de pagar”, afirmou o vice-presidente. “Um pagamento que eles fizessem serviria para que mais alunos ingressassem no setor privado e, consequentemente, para que aumentássemos o percentual de jovens com ensino superior”, disse Mourão.
O vice-presidente defendeu que o pagamento pelo ensino público nas universidades federais poderia gerar recursos para financiar programas de permanência em instituições privadas.
“É algo que nós temos que pensar hoje seriamente e sem preconceitos porque (pagamento a universidades federais) poderia ser um recurso canalizado para aqueles jovens que precisam de financiamento pagarem uma universidade privada”, disse. “Seria uma compensação muito justa”, completou.
Tema em debate no Congresso
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/19 determina que as universidades públicas deverão cobrar mensalidades dos alunos. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A gratuidade será mantida apenas para estudantes comprovadamente carentes, definidos por comissão de avaliação da própria universidade, com base em valores mínimo e máximo estabelecidos pelo Ministério da Educação.
Para o deputado General Peternelli (PSL-SP), autor da PEC, a gratuidade atual gera distorções graves na sociedade, pois privilegia os alunos de família de maior renda, que estudam em escolas particulares.
“O gasto público nessas universidades é desigual e favorece os mais ricos. Não seria correto que toda a sociedade financie o estudo de jovens de classes mais altas”, disse.
Ele citou um estudo do Banco Mundial, divulgado em 2017, que recomendou a cobrança de mensalidade nas universidades públicas como forma de diminuir as desigualdades sociais no País.
Veja o vídeo: