Opinião

“Tem que pagar até para tomar banho de sol”, diz Feitosa sobre PL que obriga preso pagar a tornozeleira

O deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura do Recife, Alberto Feitosa (PSC), se colocou a favor do projeto que obriga ao preso pagar pelo uso da tornozeleira eletrônica e defendeu que ele seja obrigado a indenizar as vítimas dos seus crimes.

“Está mais do que na hora de não aceitarmos que bandido seja tratado como vítima da sociedade”.

“Todo preso tem que trabalhar para pagar os custos do sistema prisional. Mais, defendo que estes marginais sejam obrigados a pagar indenização às vítimas dos seus crimes. Tem que apodrecer na cadeia trabalhando e acabar com a vida boa que eles estão levando lá dentro hoje”, disse.

Feitosa ainda apontou que Pernambuco só será um estado diferente e mais seguro quando o dinheiro público for investido na educação.

“Nosso estado só vai mudar quando cada centavo que gastamos com os presos forem direcionados para a educação das nossas crianças”, concluiu.

Aprovado

Durante a Reunião Plenária, os parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) discutiram e votaram uma lista de proposições – a chamada Ordem do Dia. Esse é o momento da sessão em que as matérias são avaliadas em primeiro e segundo turnos, em redação final ou, ainda, em votação única, como é o caso dos projetos de resolução e das indicações.

Tornozeleira eletrônica

A proposta que institui a cobrança a presos ou apenados pelo uso de tornozeleira eletrônica em Pernambuco foi acatada em Segunda Discussão. O texto é resultado de um substitutivo da Comissão de Administração Pública aos Projetos de Lei (PLs) nº 394/2019 e nº 439/2019, apresentados, respectivamente, pelos deputados Gustavo Gouveia (DEM) e Delegado Erick Lessa (PP). A matéria recebeu votos contrários dos deputados Aluísio Lessa (PSB), João Paulo (PCdoB), José Queiroz (PDT), Juntas (PSOL) e Teresa Leitão (PT).

A iniciativa prevê ressarcimento ao Poder Público pelo tempo de uso da tornozeleira, inclusive permitindo que esse valor seja descontado da remuneração paga pelo trabalho do apenado. A quantia cobrada será repassada ao Fundo Penitenciário de Pernambuco (Funpepe). Com relação aos presos provisórios, caso haja absolvição ao final do processo, o recurso desembolsado pela manutenção das tornozeleiras terá que ser devolvido pelo Estado.