Desistência

Crivella não sofrerá impeachment, garante Câmara Municipal do Rio de Janeiro

A Câmara Municipal do Rio negou o pedido de abertura de impeachment contra o prefeito, Marcelo Crivella. A sessão realizada nesta quinta-feira (3) terminou com um placar de 25 votos contra e 23 votos a favor.

Para ser aprovado, o pedido precisava de maioria simples, de 26 votos, do total de 51 parlamentares. O pedido de impeachment se baseou em denúncias de que funcionários públicos estariam na porta dos hospitais municipais impedindo a ação de repórteres da TV Globo de entrevistarem pacientes.

Os vereadores das bancadas de oposição ao prefeito Crivella, sustentaram que era necessário abrir o processo de impeachment a fim de investigar a participação do prefeito junto a esses grupos, que se organizavam através do Whatsapp.

Já os parlamentares da base do governo argumentaram que não cabia abrir um processo do tipo às vésperas do início da campanha eleitoral deste ano, dizendo que o julgamento seria feito pelos eleitores nas urnas.

Um vereador não conseguiu votar, mas pediu para consignar o voto favorável à abertura do processo. O ato elevou de 22 para 23 o número de votos a favor do impeachment.

Parte dos vereadores participou da sessão presencialmente e outra parte, de forma remota. Com a rejeição em Plenário, o pedido foi arquivado. Em nota, a prefeitura do Rio alegou que os funcionários ficavam na porta dos hospitais para orientar os pacientes.

As discussões duraram quase 4 horas, numa sessão híbrida – presencial e remota, em meio à pandemia de coronavírus.

Houve momentos inusitados, como um vereador usando uma camisa do Flamengo, uma vereadora participando remotamente da sessão em um carro e outra comendo pipoca no plenário da Câmara.

Agência Brasil