Campanha

No Recife, outdoors contra Bolsonaro o comparam a 'senhor da morte'

Há cerca de um mês, era comum ver nas principais vias do Recife, outdoors enaltecendo o trabalho do presidente Jair Bolsonaro. Agora, a cidade foi surpreendida com painéis registrando a imagem do mandatário como sendo um “senhor do morte”. Os outdoors fazem parte da campanha “Fora Bolsonaro: inimigo da educação e do povo”, articulada por entidades do setor da educação no estado.

A todo, foram 72 outdoors espalhados pelo Grande Recife. A campanha visa criticar a atuação do governo federal no combate à Covid-19. “Mais de 120 mil mortes por Covid-19 no Brasil”, diz no painel.

Segundo a Articulação das Entidades Representativas de Trabalhadores(as) do Ensino Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico em Pernambuco, Bolsonaro e equipe “entregam aos banqueiros os recursos que deveriam destinados ao combate da Covid-19”.

“Atingimos a marca das 120 mil vidas perdidas, sem nenhuma resposta efetiva do Governo Federal. O presidente e seus ministros aprofundam o desmonte do patrimônio público e entregam aos banqueiros os recursos que deveriam destinados ao combate da Covid-19, à garantia de qualidade de vida dos milhões de brasileiras e brasileiros que sofrem com a pandemia, com o desemprego e com o agravamento da crise institucional que aprofunda as desigualdades sociais”, informou a entidade por meio de nota.

Integram à articulação a Adupe, Aduferpe, Sindsifpe, Sinasefe IF-Sertão PE, Sindunivasp e Sinasefe-CMR.

Leia a nota na íntegra

A Articulação das Entidades Representativas de Trabalhadores(as) do Ensino Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico em Pernambuco vem a público lançar a campanha “Fora Bolsonaro: inimigo da educação e do povo” que denuncia o descaso do Governo Federal com a vida das brasileiras e brasileiros, vítimas da covid-19 e dos serviços públicos de Saúde e Educação.

Atingimos a marca das 120 mil vidas perdidas, sem nenhuma resposta efetiva do Governo Federal. O presidente e seus ministros aprofundam o desmonte do patrimônio público e entregam aos banqueiros os recursos que deveriam destinados ao combate da Covid-19, à garantia de qualidade de vida dos milhões de brasileiras e brasileiros que sofrem com a pandemia, com o desemprego e com o agravamento da crise institucional que aprofunda as desigualdades sociais.

A Educação Pública, que já tem sofrido com ataques e cortes no orçamento, desde a Emenda Constitucional nº 95, nas Leis Orçamentárias Anuais e “bloqueios” de recursos já previstos na Lei para o funcionamento das Instituições Públicas de Ensino, tem, agora, na previsão orçamentária, a diminuição de R$ 4,2 bilhões para o exercício de 2021.

Os serviços públicos prestados à Nação continuam sendo considerados como despesas, enquanto a quase totalidade da sociedade brasileira depende dos serviços de educação, saúde, segurança e seguridade. Nesta semana fomos surpreendidos com o dado de que há mais brasileiros e brasileiras recebendo Auxílio Emergencial que com carteira assinada. A proposta de Auxílio Emergencial de R$ 600,00 não foi do governo e sim da oposição. A “flexibilização” e a “modernização” da legislação trabalhista, que prometiam gerar milhões de empregos, precarizaram as relações trabalhistas e empurraram milhões para a informalidade. O genocídio dos pobres e pretos é uma política de Estado.

Neste cenário, a Saúde e a Educação públicas não podem continuar sofrendo com a falta de compromisso dos governantes. Continua nos comentários