Perseguição

Witzel cita 'perseguição' e se diz indignado decreto de afastamento do governo do Rio

O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) declarou, em um pronunciamento no Palácio Laranjeiras às 10h30 desta sexta-feira (28), que está “indignado” com afastamento do cargo.

Witzel se disse perseguido pelo governo federal e fez ataques ao ex-secretário Edmar Santos, preso pelas denúncias de corrupção na Saúde.

“Mais uma vez quero manifestar a minha indignação e uma busca e apreensão e, mais uma vez, é uma busca e decepção. Não encontrou um real, uma joia, simplesmente mais um circo sendo realizado”, disse Witzel. “Você não pode afastar um governador com a suposição de que ele vai fazer algo”, disse Witzel.

Ataques

Witzel também fez ataques à Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediu investigação de um suposto “uso político” da instituição.

“Eu e outros governadores estamos sendo vítimas — isso precisa ser investigado — do possível uso político da instituição. O Superior Tribunal de Justiça possui vários subprocuradores. Por que não se faz, como em qualquer outro Ministério Público, a distribuição e não o direcionamento para um determinado procurador: no caso a Dra. Lindôra [Maria Araújo, que chefia a Lava Jato na PGR). E a imprensa já noticiou o seu relacionamento próximo com a família Bolsonaro”, disse Witzel.

“Eu quero desafiar ao Ministério Público Federal na pessoa da Dra. Lindôra, que a questão agora é pessoal, né? É pessoal. Ela me adjetivou como chefe da organização criminosa. Eu quero que ela apresente um único e-mail, um único telefonema, uma prova testemunhal, um pedaço de papel em que eu tenha pedido qualquer tipo de vantagem ilícita para mim”, afirmou.

O governador ainda questionou a duração de seu afastamento.

“Afastamento de 180 dias? Por quê? Em dezembro eu tenho que escolher o novo procurador-geral de Justiça. Isso é um ultraje à democracia. Por que 180 dias, se em dezembro eu tenho que escolher o novo procurador-geral de Justiça?”, indagou.