A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann, se manifestou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em eliminar a delação do ex-ministro Antonio Palocci do inquérito da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do Suprem, Ricardo Lewandowski, também viu parcialidade na condução do ex-juiz Sergio Moro sobre o caso.
No ponto de vista de Hoffmann, Moro agiu visando a eleição de Jair Bolsonaro à presidência.
“O STF acaba de reconhecer, em julgamento de HC da defesa de Lula, q Sergio Moro atuou politicamente em 2018 ao vazar ilegalmente delação de Palocci às vésperas da eleição. É oficial: Moro atuou para eleger Bolsonaro”, concluiu a petista.
Por 2 votos a 1 a segunda turma do STF não só decidiu por excluir a delação de Palocci, como concedeu o direito à defesa de Lula para acessar todos os dados dos sistemas Drousys e MyWebDay, da Odebrecht, de interesse do líder petista.
No entendimento de Ricardo Lewandowski, Sergio Moro agiu com “extravagância”.
“Apesar de ter consignado que a medida era necessária para ‘instruir esta ação penal’, o aludido juiz assentou, de modo completamente extravagante, que levaria em consideração, quanto aos coacusados, ‘apenas o depoimento prestado por Antonio Palocci Filho sob contraditório na presente ação penal’”, proferiu Lawandowski.
“Com essas e outras atitudes que haverão de ser verticalmente analisadas no âmbito do HC 164.493/PR, o referido magistrado – para além de influenciar, de forma direta e relevante, o resultado da disputa eleitoral, conforme asseveram inúmeros analistas políticos, desvelando um comportamento, no mínimo, heterodoxo no julgamento dos processos criminais instaurados contra o ex-Presidente Lula -, violou o sistema acusatório, bem como as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.”.