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Nova comissão de Segurança Pública abre trabalhos buscando o fim do conflito Ferraz/Novaes em Floresta

Prevista para entrar em segunda votação no plenário, na próxima semana, a Comissão Parlamentar de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) surgirá com um grande desafio: o de tentar promover o fim do histórico conflito dos clãs Ferraz e Novaes no município de Floresta, Sertão do Estado.

A consolidação de um acordo de paz entre as famílias já foi tratada em uma reunião promovida pela comissão de Administração da Alepe, na terça-feira (14), cuja pauta era segurança pública. O debate, na verdade, foi motivado pelo aumento dos homicídios nas cidades do interior do Estado, a exemplo de Casinhas e Surubim.

Mas durante a reunião, o deputado Fabrízio Ferraz (PP), que presidirá a nova comissão Segurança Pública da Alepe, defendeu a consolidação do acordo de paz entre as famílias de Floresta. Na ocasião, o deputado solicitou a participação do Estado como principal interlocutor na pacificação do conflito.

“Levantei a questão na reunião porque considero importante que se encontre uma trégua definitiva nessas disputas que se arrastam há décadas. Com a presença do Estado, através dos órgãos de segurança pública, junto com o Poder Judiciário e entidades religiosas, será possível a concretização de um acordo de paz eficaz entre as famílias”, acredita Ferraz.

Além de parlamentares, participaram dessa reunião o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua; o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico; o comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Vanildo Maranhão; e o chefe da Polícia Civil, Nehemías Falcão.

A comissão permanente de Segurança Pública da Alepe assumirá funções que competiam anteriormente aos colegiados de Justiça e Administração Pública. Questões como organização e efetivos das polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros, políticas de prevenção da violência, de enfrentamento de grupos paramilitares e de extermínio, de combate ao crime organizado, legislação sobre propriedade e uso de armas, sobre a participação democrática no controle das ações de Segurança Pública, entre outras.

A criação do novo colegiado faz parte dos projetos de mudanças do Regimento Interno da Assembleia e entrará em funcionamento no segundo semestre de 2020. Outra conhecida rivalidade entre famílias no Sertão pernambucano, como é o caso das Marques e Souza, também será pauta de discussão na comissão.

Segundo Fabrízio Ferraz, o debate em torno do fim do conflito entre essas famílias não pode se resumir a mais uma tentativa como tantas outras que não avançaram. “Acredito que chegaremos a um consenso e todos nós, o Estado e o povo sertanejo, seremos beneficiados”.

Fonte: Alepe