Esquema

Polícia Federal faz operação para investigar fundos falsos em institutos de previdências em cinco estados

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), a Operação Fundo Fake, que visa combater fraudes em 65 institutos municipais da previdência. De acordo com informações do G1, cerca de 200 policiais estão cumprindo 71 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais.

Os institutos são investigados por investirem em fundos falsos. A PF especula que cerca de R$ 500 milhões de reais de RPPSs foram aportados nestes fundos “fundos fakes”, sendo R$ e 17 milhões só na previdência de Rolim de Moura, em Rondônia.

Ainda segundo a matéria, dos 71 mandados, 26 são cumpridos no Rio de Janeiro; 26 em São Paulo; 9 em Minas Gerais; 5 em Goiás. Apenas 4 estão cumpridos em Rolim de Moura (RO). Os mandados estão sendo executados em diversas localidades dos cinco estados.

Como funcionava o esquema:

  • Servidores públicos aderem ao programa aposentadoria, administrado pelas prefeituras;
  • Os administradores desses fundos (nas prefeituras) procuram um intermediador que apresenta opções para investir o dinheiro;
  • O intermediador apresenta gestores de fundos independentes, que trabalham com empresas de fachada e então fazem a aplicação do dinheiro;
  • O intermediador então recebe comissões dessas empresas fraudulentas;
  • Por último, os administradores dos recursos do fundo escondem a real situação do investimento ao servidor público;

De acordo com a PF, “Ao longo da investigação foi verificado que, logo após os investimentos do Rolim Previ nos fundos, boa parte do valor era repassado rapidamente para a consultoria e seus sócios. Tal prática é conhecida no mercado como “rebate”. Os rebates identificados perfaziam percentuais de mais de 20% do valor investido em alguns casos e a consultoria então providenciava que parte dos valores chegassem a gestores do Rolim Previ”.