Ano Sem Festas

Para evitar aglomerações, Réveillon deve ser cancelado; Carnaval é incerto

Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a tradicional festa de réveillon deve ser cancelada na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. A medida visa evitar aglomerações, e consequentemente, diminuir o contágio pelo vírus que já matou mais de 50 mil pessoas, só no Brasil, nos últimos quatro meses. A Prefeitura da capital carioca ainda não tomou uma decisão definitiva, mas outras alternativas já estão sendo estudadas, como a transmissão dos shows pela internet ou uma maior distribuição dos palcos para diminuir as aglomerações.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, disse ao Pleno News que acredita que o cancelamento da festa será catastrófico para o setor hoteleiro. Por causa da quarentena, 80% dos estabelecimentos foram fechados e cerca de 20 mil empregos foram suspensos.

“Hoje, nossa taxa média de ocupação está em torno de 15%, quando o índice normal seria 70%. Por conta da crise, muitos hotéis não vão reabrir. Os empresários do setor estão inseguros. O medo maior é retomar as atividades e, em dois ou três meses, ocorrer uma segunda onda de contaminação, o que poderia fazer grande parte deles quebrar de vez”, disse.

O carnaval de 2021 também é incerto. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, deve convocar uma reunião nesta semana para debater os rumos da folia. Alguns dirigentes de escolas de samba inclusive defendem que os desfiles sejam adiados até mesmo para o feriado de Corpus Christi, em junho.

As medidas tomadas no Rio de Janeiro podem influenciar decisões tomadas pelos governantes, em Pernambuco.