Investigações

PF já registra mais de 3,3 mil denúncias na compra de equipamentos no combate à Covid-19

Alguns governadores e prefeitos estão na mira de operações da Polícia Federal (PF), investigados por superfaturamentos em máscaras, respiradores e outros itens relacionados ao combate do coronavírus.

Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), são 3,3 mil denúncias relacionadas com a pandemia. Essas são só algumas das denúncias do chamado “Covidão”que são as ações de combate à corrupção e ao desvio de verbas direcionadas para o tratamento da Covid-19.

Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, já enfrentam impactos da corrupção relacionada ao dinheiro que deveria ser aplicada no cuidado com a doença.

Na Procuradoria-Geral da República (PGR), há 3.066 procedimentos judiciais. As investigações são de natureza criminal, cível, constitucional, de cooperação internacional de direitos do cidadão, administrativa, cooperação internacional e até eleitoral que já foram judicializadas. Do total, 1.185 são criminais.

“Os procedimentos judiciais tratam-se, em sua maioria, de execuções penais. Já os extrajudiciais abordam questões como problemas na fila, no cadastro e na liberação do auxílio emergencial”, destaca a PGR.

O governador do Pará, Helder Barbalho, foi o mais recente investigado. No estado, a PF apura fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo governo estadual. Agentes fizeram buscas na casa do governador, no Palácio dos Despachos, sede do governo, e nas secretarias de Saúde, Fazenda e Casa Civil.

No Rio de Janeiro, em que Wilson Witzel tem o cargo seriamente ameaçado após a aprovação da abertura do processo de impeachment aberto contra ele, na última quarta-feira (10), com o placar de 69 a 0.

O chefe do Executivo do Rio é investigado na Operação Placebo, que apura desvios na área da saúde, especialmente na construção de hospitais de campanha.