Caso Miguel

Auditores do TCE-PE coletam documentos para apurar vínculo da Prefeitura de Tamandaré com a mãe de Miguel

Auditores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) realizam, nesta segunda-feira (8), diligências para apurar o fato da mãe do menino Miguel, a empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, constar como funcionária da Prefeitura de Tamandaré.

Os auditores do TCE realizam, na manhã desta segunda, coleta de documentos na sede da Prefeitura de Tamandaré, bem como análises das folhas de pagamento de pessoal do município.

Uma auditoria especial foi aberta por determinação do conselheiro Carlos Porto parar apurar o vínculo da mãe de Miguel com a administração municipal e também de outras pessoas, que podem estar em situação semelhante, segundo o TCE-PE.

A morte do menino Miguel, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio de luxo em que o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), mora com a esposa Sari Corte Real, na área central do Recife, ocorreu na última terça-feira (2).

“A auditoria vai fazer um cruzamento de dados para verificar o vínculo de Mirtes Renata Santana de Souza com a Administração Municipal, e a existência também de outros casos semelhantes que porventura possam estar ocorrendo”, afirma nota do Tribunal de Contas.

A primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, foi responsabilizada por deixar a criança sozinha em um elevador antes de cair de uma altura de 35 metros. Sari responde por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por permitir que Miguel subisse sozinho no elevador antes de cair do 9º andar.

Trâmite

Depois de concluído, o relatório da auditoria será enviado ao relator do processo, conselheiro Carlos Porto, para ser levado a julgamento.

De acordo com o resultado da auditoria, o TCE-PE enviará representação ao Ministério Público de Pernambuco para que sejam feitas as apurações cíveis e criminais. Neste caso, se confirmadas as irregularidades, os envolvidos podem responder por ato de improbidade administrativa e crime de peculato.