Ato

Caso Miguel: Manifestantes vão as ruas pedir justiça após morte de menino

Alguns manifestantes realizam um ato público, nesta sexta-feira (5), no Centro do Recife, para pedir justiça para a morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos que caiu do 9º andar de um prédio na capital, na última terça-feira (2).

A queda aconteceu após a doméstica Mirtes Renata, deixou Miguel aos cuidados da sua patroa, Sari Mariana Côrte Real, enquanto passeava com o cachorro da família.

O ato teve início por volta das 14h, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no bairro de Santo Antônio, no Centro. Esse prédio fica na frente do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado. As vias da região foram interditadas pela polícia.

Miguel Otávio estava passando o dia com a mãe, enquanto ela trabalhava na casa do patrão, o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, quando a mulher do prefeito ficou com o menino, enquanto mãe de Miguel foi passear com o cachorro.

A patroa deixou o menino entrar sozinho no elevador e apertou no andar para que ele procurasse sua mãe. Com cinco anos, Miguel apertou no 7º e 9º andar e desceu no 9º andar. O garoto Miguel, de 5 anos, caiu de uma altura de 35 metros em um prédio das “Torres Gêmeas”, no Centro do Recife e não resistiu à queda.

Mesmo trabalhando na casa da família, Mirtes, mãe de Miguel, é funcionária da prefeitura comandada pelo patrão, como se prestasse serviço para a Prefeitura de Tamandaré

Usando máscaras por causa da pandemia do novo coronavírus, alguns manifestantes levavam faixas e cartazes com frases em alusão ao racismo. “Vidas Negras importam”, “Crime burguesia branca” e “cinco unhas valem mais do que cinco anos de um preto” estampavam os cartazes.

O pai de Miguel, Paulo Silva, disse não conseguir sequer conceber o tamanho da dor de perder o filho.

“Miguel era tudo na nossa vida. Eu espero nada mais que justiça. Sequer cheguei a conhecer a mulher que é responsável por tirar a vida do meu filho”, disse.

Veja fotos e o vídeo do protesto:

Protesto no Recife pede “Justiça por Miguel”/ Foto: Denilson Cadête
Protesto no Recife pede “Justiça por Miguel”/ Foto: Denilson Cadête