O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a estimativa do governo é que a área da saúde precisa de três meses de isolamento para superar o novo coronavírus, mas ponderou que talvez o país não aguente todo esse tempo.
“Como economista, gostaria que pudéssemos retomar a produção. Como cidadão, ao contrário, aí já quero ficar em casa”, disse Guedes, durante videoconferência promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Durante o encontro, Guedes falou também que o contágio pelo novo coronavírus está se acelerando no Brasil, com a previsão de aumento do número de casos até junho. “Do ponto de vista da saúde, o isolamento teria que ser de três meses. Do ponto de vista econômico, na medida em que (a COVID-19) sobe vertiginosamente, a atividade desaba”, avaliou Guedes.
Guedes também afirmou que a economia brasileira aguenta ao menos parte do período necessário de paralisação por causa do isolamento, desde que a linha básica para entrega de itens essenciais como alimentos, suprimentos e medicamentos continue a funcionar.
“Do ponto de vista da economia, a gente sabe que um mês a economia aguenta. Passou dos dois meses e meio, três meses, a economia começa a se desorganizar. Estamos esticados, espremidos”, concluiu.