Prevenção

Romero Albuquerque cobra plano de ação para proteger agentes penitenciários do estado

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Praias vazias, ruas desertas, famílias isoladas em suas casas. Este é o cenário atual de diversas cidades do país e do mundo. Todos contam e torcem para que os esforços para conter a propagação do Coronavírus deem resultado. Mas, neste domingo (22), o deputado estadual Romero Albuquerque registrou um ponto fora da curva: contrariando as articulações dos Ministérios da Justiça e da Saúde, famílias de detentos do estado de Pernambuco formaram filas nos presídios e penitenciárias do estado.

“Seria uma cena comum de um dia normal, mas nós não estamos vivendo dias normais. Não adianta isolar as pessoas em casa, e o contrário acontecer nas penitenciárias. É absurdo, é irresponsável!”, enfatiza o parlamentar.

Além da recomendação de evitar aglomerações, o governo federal e outros estados suspenderam as visitas a presos, para conter a expansão do novo Coronavírus em suas unidades prisionais, tendo em vista que os que ali estão são considerados mais vulneráveis à contaminação.

Em Pernambuco, inicialmente o Governo do Estado havia elaborado uma nota técnica com orientações da doença no sistema prisional. Mas, desde a última sexta-feira (20), as visitas também estão suspensas por tempo indeterminado.

Romero, no entanto, chama atenção e cobra um plano de ação para proteger os agentes penitenciários. “Parece que não há uma preocupação com quem está na linha de frente. Qual o plano de ação para evitar a contaminação dos agentes penitenciários?”, indaga. “Inclusive, muitos deles estão acompanhando presos nos hospitais, sem nenhum equipamento de segurança para evitar o contato com o vírus”, conclui, denunciando a situação dos profissionais.

Atualmente, cerca de 33 mil presos compõem o sistema prisional de Pernambuco. O Estado fornece a comida para os detentos, mas é permitido que nos fins de semana as famílias visitem seus entes trazendo mais mantimentos. Segundo a denúncia, registrada no Complexo do Curado na manhã deste domingo, as pessoas estavam formando as filas e indo embora após deixar as bolsas com mantimentos na unidade.

“Ora, se as empresas estão fechando, se as pessoas estão se isolando, por qual motivo essas famílias estão indo se aglomerar nas portas dos presídios se o Estado tem suprido as necessidades básicas dos presos?”, analisa o deputado.

“Eu espero que as medidas que o governo tome nos próximos dias sejam cumpridas, para que se evite a proliferação do vírus nas nossas cidades. Não é apenas a vida do agente penitenciário, mas a de toda a sociedade que está em risco devido a irresponsabilidade e ignorância dessas pessoas e a falta de fiscalização pelo poder público. Está proibido, cumpra-se!”, finaliza.