O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), voltou a defender a ação do senador licenciado Cid Gomes (PDT) em Sobral. No qual, o senador tentou entrar no Comando Militar com uma retroescavadeira e acabou sendo baleado.
O ministro Sergio Moro, por outro lado, afirmou nesta segunda-feira (12) no Twitter que a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”, em bate-boca com o ex-governador Ciro Gomes (PDT), aliado de Camilo.
Já o governador do Ceará, agradeceu a grande maioria da tropa que não aderiu ao motim, a Polícia Civil, os bombeiros, o Exército, a Força Nacional. E disse que “foi a união de forças tanto estadual quanto federal na tentativa de garantir a segurança da população cearense”, disse Camilo, sem citar o presidente Jair Bolsonaro ou o ministro Sergio Moro.
Na primeira entrevista coletiva após o fim da paralisação da polícia, Camilo pediu que o Exército continue no estado até o dia 6, quando vence a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), prorrogada por Bolsonaro.
“É importante que o Exército permaneça no estado para restabelecer a normalidade, enquanto os veículos e equipamentos estão sendo recuperados”, afirmou o governador.
Camilo também criticou a “mistura da política com polícia”, mas defendeu o senador Cid Gomes, quando questionado se a atitude do pedetista, de tentar entrar no batalhão amotinado com uma retroescavadeira, não prejudicou as negociações e ajudou na radicalização dos policiais.
“A minha interpretação sobre a atitude do senador Cid é uma atitude de indignação, de quem vê a sua cidade sendo sitiada, policiais mascarados mandando fechar o comércio da sua cidade. Isso causa indignação em qualquer um de nós”, afirmou.