O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou por 10 votos a 1 a suspensão do mandato, por seis meses, do deputado Boca Aberta (Pros-PR).
O deputado respondia a duas representações por agressões: uma contra o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) e outra por ter invadido uma UPA na região metropolitana de Londrina (PR).
Boca Aberta se defendeu afirmando que é “impossível invadir um local público” e que já teria se desculpado com os parlamentares com quem teve divergências.
Boca Aberta vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se a decisão da CCJ for favorável ao relatório, o Conselho de Ética deve encaminhar um projeto de resolução para que o Plenário da Câmara vote.
Invasão de UPA
Segundo acusação do Ministério Público, na madrugada do dia 17 de março deste ano o deputado Boca Aberta entrou na UPA de Jataizinho, região metropolitana de Londrina, onde encontrou um médico dormindo durante o plantão.
Boca Aberta iniciou um tumulto, constrangendo médicos, demais profissionais da Saúde e guardas municipais que estavam no local, além de ter realizado exposição indevida das imagens em redes sociais.
Por conta desse episódio, de diversos embates do deputado com outros parlamentares e por ter tentado desqualificar as ações do Conselho de Ética, o parecer do deputado Alexandre Leite foi pela cassação do mandato.
O deputado Boca Aberta esteve presente à reunião do conselho e se defendeu, afirmando que se elegeu protegendo os interesses dos mais pobres, exatamente o que ele estaria fazendo ao entrar na UPA em março, argumentou.