Situado no coração das Américas e da Amazônia, o Polo Industrial de Manaus (PIM), é um dos componentes da Zona Franca de Manaus e um dos mais modernos centros industriais e tecnológicos de toda América Latina. De acordo com o Ministério da Economia, o Polo deve chegar ao final de 2019 com o melhor resultado dos últimos seis anos.
“Em um momento em que a indústria estava parada, nós aqui estávamos caminhando muito bem. Tivemos um ano fantástico, reconhecidamente um crescimento, no primeiro semestre, de 11%, o que correspondeu a R$ 49 bilhões”, comemorou o superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), do Ministério da Economia, Alfredo Alexandre de Menezes Júnior.
Crescimento esse que poderá ser ainda maior nos próximos anos. A Suframa está focando o trabalho na bioeconomia, o chamado desenvolvimento produtivo focado na sustentabilidade, e atraindo empresas e fundos para que marcas famosas tenham centros de pesquisa na Amazônia.
Mas, para gerar novos empregos, formar mão de obra capacitada é uma necessidade. De acordo com Alfredo de Menezes Júnior, “o primeiro grande desafio para um polo industrial é a tecnologia e como capacitar a mão de obra com conhecimento técnico para lidar com a nova indústria 4.0”. Desafio que já está sendo enfrentado pelo Brasil. Para isso, foi firmado convênio com a Universidade Federal do Amazonas com 30 vagas para mestrado. Os primeiros formandos servirão como multiplicadores.
Sustentabilidade e proteção ao meio ambiente
E não é só a capacitação. Aliar produção e crescimento com sustentabilidade também é um desafio que o Polo Industrial de Manaus vem vencendo. Lá o sistema de incentivo à produção é feito conservando o meio ambiente. Sendo baseado na produção e não no capital, o investidor não recebe quando chega, mas de acordo com o que produz. “Em outros sistemas, quando o investidor chega, já recebe o benefício fiscal. Aqui não. Isso permite que a gente faça a combinação de desenvolvimento, meio ambiente e segurança e defesa”, descreveu o superintendente.
A fábrica japonesa de motos Yamaha é uma das empresas que reviu sua produção na Amazônia na defesa do meio ambiente. A chefe de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da fábrica, Carolina Brasil, contou que a empresa desenvolve um plano ambiental com metas até 2050 para diminuir a emissão de CO2. “Já diminuímos 12% em oito anos. É muito importante porque contribuímos com as diretrizes globais e também municipais”, ressaltou.
Outra meta da Yamaha é reduzir 50% dos resíduos gerados. “Já chegamos em 20% em oito anos e reciclamos 75% de todo resíduo. Também já deixamos de destinar nosso resíduo ao aterro sanitário, atendendo à Política Nacional de Resíduos”, relatou Carolina.
Segundo o superintendente da Suframa, Alfredo Alexandre de Menezes Júnior, o polo reúne 493 empresas, e gera cerca de 90 mil empregos diretos. Um desses trabalhadores é o chefe de produção, Enildo Bezerra.
Ele relatou que duas frentes são usadas para alcançar a sustentabilidade na Yamaha: inovação e conscientização. “Quando educamos, as pessoas trazem mais ideias”. Uma das medidas de inovação foi trocar a substância usada na pintura das motos por outra que não necessita de aquecimento. Assim, “reduzimos o consumo de GLP [gás liquefeito de petróleo], que é um recurso natural não renovável”, destacou.
1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus
Para conhecer toda essa grandeza de perto, o presidente Jair Bolsonaro participa, nesta quarta-feira (27), da abertura da 1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus, que vai demonstrar o potencial sustentável da região.
A presença pode ajudar a atrair turistas para a região. “Os brasileiros não conhecem a Amazônia. Conhecem países europeus, a América do Norte, mas não conhecem o Polo Industrial de Manaus. Queremos dar visibilidade”, explicou Alfredo Alexandre de Menezes Júnior.
O superintendente destacou a importância econômica da região. “O brasileiro não sabe, mas 98% das motos do Brasil são fabricadas aqui na Zona Franca de Manaus”.
Já o funcionário Enildo Bezerra ressaltou a importância da preservação. “Estamos no coração da Amazônia, isso aumenta nossa responsabilidade com o meio ambiente”, defendeu.
Fonte: Governo Federal