Desligamentos

Globo pode demitir mais 2.500 funcionários após cortes de propagandas e proposta de unificação 

Foto: Divulgação

A Rede Globo divulgou um novo modelo de gestão e produção que deve entrar em vigor em janeiro. Com o anúncio do projeto ‘Uma Só Globo’, na última sexta-feira (8), funcionários acreditam que o número de funcionários demitidos pode chegar a mais de 2500. 

Os números são de fontes ligadas ao processo de reestruturação da emissora, divulgadas pelo site Notícias da TV. Novo modelo pretende unir todos os canais pagos da Globosat, a plataforma Globoplay, a Globo.com e a Som Livre. 

De acordo com a Globo haverá ainda mais demissões, mas não confirmou o número exato de cortes, “todas as grandes empresas modernas passam por processos na busca de eficiência e evolução constante e, nesse contexto, é natural que se façam ajustes. Na Globo não é diferente”, afirmou a emissora em nota.

Ainda de acordo com o site, na semana passada cerca de 300 pessoas foram demitidas na empresa, somente nos Estúdios Globo, antigo Projac, no Rio de Janeiro.

Cortes de propagandas 

A Rede Globo de Televisão vai faturar menos R$ 230 milhões com o Governo em 2019. O lucro com publicidades de estatais e ministérios caiu de R$ 400 milhões para algo entre R$ 150 milhões e R$ 170 milhões.

“Tava muito bom com governos anteriores, mamavam bilhões de estatais, publicando balancetes de estatais, de bancos oficiais, anunciando no nome de vocês. Acabou essa mamata, não tem dinheiro público para vocês, acabou a teta, vão ficar me infernizando até quando?”, afirmou Bolsonaro durante uma live no início do mês. 

Além do governo federal, várias empresas decidiram cortar suas propagandas com a emissora, uma delas foi a lojas Havan, que suspendeu o contrato que veiculava sua publicidade nos intervalos do “Bom Dia Brasil’, do “Jornal Hoje”, do “Jornal Nacional”, do “Jornal da Globo”, de “Malhação” e do “Caldeirão do Huck”.