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13º do Bolsa Família: criado por Bolsonaro ou Paulo Câmara?

Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (18), o compartilhamento de um vídeo feito por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi o pivô de uma polêmica envolvendo o 13º do Bolsa Família. Tanto Bolsonaro como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) querem ser os autores do programa, mas a questão é: quem criou primeiro o 13º do programa e quais as diferenças entre o federal e o de Pernambuco?

Em uma apuração realizada pelo Portal de Prefeitura, descobrimos que bem antes de Paulo e Bolsonaro, a ideia já tinha sido lançada pelo Senador Lindberg Farias (PT-RJ), em 2017, através do Projeto de Lei n° 256. O projeto no entanto foi arquivado com o final da legislatura, em 21 de dezembro de 2018.

Ao compartilhar o vídeo do seu apoiador, Bolsonaro disse que Paulo Câmara era “o espertalhão da vez”. Em seguida, Paulo Câmara também foi ao Facebook se defender, e disse que foi surpreendido “com um ataque direto do Presidente da República, que, de maneira desinformada, falta com o respeito ao governador e ao estado de Pernambuco”.

Até o prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB), aliado de Paulo Câmara, publicou uma nota chamando de “desrespeitosa” a declaração do presidente Bolsonaro.

De acordo com o levantamento feito pelo Portal, constatamos que Paulo foi o primeiro a anunciar o 13º do Bolsa Família durante o primeiro turno da campanha do ano passado, enquanto participava de um debate.

Qual a diferença entre a proposta de Bolsonaro e Paulo Câmara? 

Para ter direito à décima-terceira parcela do “Bolsa Família” custeada pelo Estado de Pernambuco, os beneficiários terão que solicitar a inclusão do CPF na Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), para posteriormente receber o reembolso de 5% nos gastos feitos com alimentos, itens de higiene pessoal , botijões de gás, medicamentos, roupas, calçados e produtos de limpeza. O cálculo vai considerar o último valor recebido no ano anterior por meio do programa federal Bolsa Família.

Já o programa do 13º do governo federal será automático para todo os beneficiários, ou seja, será pago em dezembro desse ano uma parcela a mais a cada beneficiário.